PERGUNTA:
Há alguma razão ou justificação para o velho costume do Oriente de os sultões
possuírem haréns com dezenas de mulheres e, alguns, com centenas de filhos? Não
seria isso um abuso da prática sexual?
RAMATÍS:
Nas adjacências do planeta
Terra, em zonas astralinas de convergência para a superfície física, existem
mais de 10 bilhões de espíritos desencarnados e com problemas aflitivos, ansiosos
para conseguir um organismo carnal e assim apagai; ou pelo menos atenuar, as
lembranças dolorosas de seus desacertos e indisciplinas espirituais anteriores.
Em
conseqüência, um "organismo carnal" é a mais preciosa dádiva que se
lhes oferece, como meio
para transitar no mundo físico, a fim de não só reparar faltas pretéritas, como
ainda aumentar o índice de consciência sob um novo aprendizado terrícola. Há,
nessa espera, desde almas cujas culpas são bem mais leves e, por isso, não
sofrem tanta angústia pela expectativa de sua materialização terrena, até, em
maior porcentagem, espíritos cujo desespero os leva a aceitar qualquer tipo de
organismo carnal, em qualquer latitude geográfica, numa descendência
aristocrática ou marginalizada, rica ou pobre, sadia ou enferma, culta ou
inculta. Não lhes importam as convenções do mundo físico, quanto à condição de
filho legítimo ou espúrio, de uma progenitora venerável, ou meretriz, de uma
família amiga ou carmicamente adversa. A solução do seu problema aflitivo é
reencarnar-se, de qualquer modo e de qualquer forma, e, assim, ocultar, sob o
véu do esquecimento, a sua consciência culpada ou o remorso inquietante, e para
apagar temporariamente
da memória perispiritual o passado. Os mais desesperados e descrentes tomam-se
almas impiedosas, clamando por vingança contra sua mãe, se, sob qualquer
pretexto social, financeiro ou comodidade, ela resolve abortar, impedindo o reencarnante
de aliviar suas dores e acalmar o remorso numa organização carnal.
Infeliz
da mulher que por coincidência, pratica o aborto desnecessário quando já se
aninhava no útero
materno para renascer, uma alma ainda embrutecida, feroz e capaz de todas as
perversidades, numa vingança deliberada e esmagadora. Seria difícil o escritor
mais melodramático descrever os acontecimentos postos em movimento no mundo
oculto contra a infeliz abortadeira. O resto de sua existência física será um calvário
de dores, quando lhe faltar assistência espiritual superior, até desligar-se do
corpo físico e ir, desamparada, ao encontro do verdugo impiedoso e
satanicamente feliz de castigar a sua vítima.
Em
face dessa necessidade de organismos carnais para atender o excesso de almas
ainda com fortes tendências encarnatórias, os tradicionais haréns do Oriente
tornaram-se berços coletivos para os renascimentos, uma vez que os sultões, e
mesmo os seus descendentes, numa poligamia sem limites, procriavam e procriam
às dezenas, ou mesmo às centenas de filhos. Malgrado se verifique uma forte sensualidade,
ainda em tal caso, a Lei funciona buscando o equilíbrio devido à exigüidade de
filhos no regime monogâmico, para melhor solução das necessidades dos
desencarnados no Além-Túmulo; enquanto os renascidos pouco se importam com a
sua descendência, mas com a dádiva de um corpo.
Também
não podemos esquecer as tradições sociais da poligamia milenar, entre velhos
patriarcas bíblicos.
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