A umbanda para muitos ainda é tabu; quando qualquer aspecto associado
a esse tema é ventilado nos círculos espíritas, geralmente observamos
reação imediata, que denota o preconceito enraizado. Será puro medo?
E que espécie de medo acomete muitos companheiros espíritas ao
abordarmos o assunto umbanda? A maioria dos espíritas, ou pelo menos os
mais ortodoxos, não admitem sequer a ideia de que pais-velhos, caboclos
ou outras entidades espirituais semelhantes possam trabalhar nos centros
ditos kardecistas. Porém, quando as coisas apertam, quando falham os
recursos habituais consagrados pela ortodoxia, logo, logo pedem socorro
ao primeiro pai-velho de que algum dia ouviram falar ou se ajoelham
aos pés de alguma entidade num terreiro, escondidos não se sabe de quem.
Postas de lado as observações quanto ao comportamento daqueles que
ainda necessitam se esconder por detrás de tais máscaras, fiquei
imaginando o que o mundo espiritual ainda reserva para todos nós. A
riqueza cultural do povo brasileiro é tão grande que toda essa história
de magia, crenças populares ou cultos africanos, da forma como
se apresenta pelo Brasil afora, não poderia passar despercebida do Mundo
Maior.
À parte os excessos, as crendices e as lendas, o que nos aguarda além do véu dos mistérios? O que nos reserva o povo de Aruanda?
Ângelo Inácio/Robson Pinheiro.
Do livro “Aruanda”
Fonte: Cantinho de Francisco
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.