O momento é de
mudanças, transformações e reforma intima! Mudanças estas que devem começar nas
mentes das pessoa "ditas" umbandista, considerando que muitas pessoas
se utilizam erroneamente do nome da Umbanda, pois, "ser" umbandista
significa estudar seus fundamentos, conhecer seus princípios, seguí-los e,
sobretudo, amar esta linda religião!
Como vocês bem sabem, eu nasci na Umbanda e reverencío suas leis desde então.
Por isso, chegada à época dos Festejos da Sagrada Mãe da Umbanda, Yemanjá, em especial, quando ao término, sinto verdadeira vergonha destes tais "umbandistas" que transformam a praia em um verdadeiro lixão com suas infindáveis oferendas poluentes, maculando a imagem de nossa religião, que a todos, incluída a natureza, visa proteger.
Meu pai já dizia: "como explicar que focinho de porco não é tomada?".
Já tantas vezes tive que explicar "que aquela imensa sujeira em frente a praça onde as crianças brincam", que "aqueles dejetos em putrefação na esquina de uma amiga", que "aquele imenso lixão do dia seguinte dos ritos de Yemanjá", dentre outros tantos, não são coisas da Umbanda; não da verdadeira Umbanda.
Vivemos uma inversão de valores e sentidos religiosos. O verdadeiro umbandista ama a morada de seus pais, protege e luta pela sua preservação. Como nos dias de hoje é possível aceitar tanto descuido e desrespeito a o que nos é tão sagrado? Como mostrar às pessoas que cultuamos a Natureza, onde o que mais encontramos é o descaso? Sujar o mar é como sujar a porta de entrada da morada de nossos ancestrais, dá pra imaginar isso?
Como vocês bem sabem, eu nasci na Umbanda e reverencío suas leis desde então.
Por isso, chegada à época dos Festejos da Sagrada Mãe da Umbanda, Yemanjá, em especial, quando ao término, sinto verdadeira vergonha destes tais "umbandistas" que transformam a praia em um verdadeiro lixão com suas infindáveis oferendas poluentes, maculando a imagem de nossa religião, que a todos, incluída a natureza, visa proteger.
Meu pai já dizia: "como explicar que focinho de porco não é tomada?".
Já tantas vezes tive que explicar "que aquela imensa sujeira em frente a praça onde as crianças brincam", que "aqueles dejetos em putrefação na esquina de uma amiga", que "aquele imenso lixão do dia seguinte dos ritos de Yemanjá", dentre outros tantos, não são coisas da Umbanda; não da verdadeira Umbanda.
Vivemos uma inversão de valores e sentidos religiosos. O verdadeiro umbandista ama a morada de seus pais, protege e luta pela sua preservação. Como nos dias de hoje é possível aceitar tanto descuido e desrespeito a o que nos é tão sagrado? Como mostrar às pessoas que cultuamos a Natureza, onde o que mais encontramos é o descaso? Sujar o mar é como sujar a porta de entrada da morada de nossos ancestrais, dá pra imaginar isso?
Amo as festas de Yemanjá, mas, infelizmente, não vou mais (nem levo meu grupo)
no dia 02 de fevereiro, data dedicada à Yemanjá em grande parte do Brasil,
inclusive aqui no estado do Rio Grande do Sul.
Não vou a estas comemorações, pois fico triste, me revolto! Durante toda minha infância esperei o dia 02 de fevereiro para ir com a terreira do meu pai, e avô , quando fazíamos excursões a fim de realizar o rito da Mãe. O tempo passou , eu cresci, meu pai partiu, muitos outros antigos se foram, meu avozinho está beirando os noventa anos, e vejo que, infelizmente, alguns comportamentos parecem estar já enraizado nas práticas "umbandistas":
Muitas das desculpas para seus maus hábitos, suas má condutas, apenas refletem o desiquilíbrio dos médiuns. "É a cervejinha que Ogum está pedindo", onde a lata vai pro chão, "o cigarrinho e o trago", que terminam com inúmeras garrafas de bebidas de todo o tipo na praia, esquinas e praças, isso sem falar dos litros e litros de bebidas alcoólicas que são ingeridas por um único médium em uma gira aberta. Outro ponto a ser observado é a lastimável disputa entre terreiros pela maior tenda, com o maior número de médiuns , onde estarão as maiores imagens. Ao fim, mais parecem carros alegoricos! Assim, as pequenas casas vão sendo "esmagadas" e empurradas para dentro do mar, ou para o meio das dunas, tudo para dar espaço, aos maiores e mais suntuosos terreiros, que vinculam a soberba exibição à força de seus guias.
Nada disso faz sentido, uma vez que identificamos na Umbanda a própria manifestação da Natureza, em seu estado puro e original. Quaisquer práticas que fujam a esta regra constituem verdadeiro desrespeito à Lei Maior.
Vejo nesta questão da sujeira das festas de Yemanjá o triste ápice da ignorância humana, cunhado na bandeira da Fé.
Há beleza maior do que uma oferenda com pétalas de rosa, ou outros materiais orgânicos, lançados ao mar com carinho e axé?
Leve seu amor, faça uma gira limpa, monte a frente para a Mãe com frutas se preferir. Assim costumo fazer! Enfeite, mas deixe tudo lindo! Coloque um axé de paz e amor, cante um ponto, toque seu atabaque com louvor, eleve-se em uma oração sincera, perfume o ambiente...
Lembre-se! Se você quer mesmo caprichar na sua cerimônia, se quer mesmo que a Mãe não devolva sua oferenda (pois, acreditem, Ela devolve!), se quer que Ela se sinta ainda mais homenageada, economize suas energias, tempo e dinheiro! Ao invés de fazer barcos de madeira, isopor, ou outro material sintético, use esta motivação toda para dar o bom exemplo, cuidando com amor o ponto de força da Mãe Yemanjá - o mar e oceano!
Faça um ritual limpo. Recicle sua forma de ritual. Faça o bem, seja o bem, pois tenho a certeza de que a Grande Mãe irá acolher seus pedidos!
Não vou a estas comemorações, pois fico triste, me revolto! Durante toda minha infância esperei o dia 02 de fevereiro para ir com a terreira do meu pai, e avô , quando fazíamos excursões a fim de realizar o rito da Mãe. O tempo passou , eu cresci, meu pai partiu, muitos outros antigos se foram, meu avozinho está beirando os noventa anos, e vejo que, infelizmente, alguns comportamentos parecem estar já enraizado nas práticas "umbandistas":
Muitas das desculpas para seus maus hábitos, suas má condutas, apenas refletem o desiquilíbrio dos médiuns. "É a cervejinha que Ogum está pedindo", onde a lata vai pro chão, "o cigarrinho e o trago", que terminam com inúmeras garrafas de bebidas de todo o tipo na praia, esquinas e praças, isso sem falar dos litros e litros de bebidas alcoólicas que são ingeridas por um único médium em uma gira aberta. Outro ponto a ser observado é a lastimável disputa entre terreiros pela maior tenda, com o maior número de médiuns , onde estarão as maiores imagens. Ao fim, mais parecem carros alegoricos! Assim, as pequenas casas vão sendo "esmagadas" e empurradas para dentro do mar, ou para o meio das dunas, tudo para dar espaço, aos maiores e mais suntuosos terreiros, que vinculam a soberba exibição à força de seus guias.
Nada disso faz sentido, uma vez que identificamos na Umbanda a própria manifestação da Natureza, em seu estado puro e original. Quaisquer práticas que fujam a esta regra constituem verdadeiro desrespeito à Lei Maior.
Vejo nesta questão da sujeira das festas de Yemanjá o triste ápice da ignorância humana, cunhado na bandeira da Fé.
Há beleza maior do que uma oferenda com pétalas de rosa, ou outros materiais orgânicos, lançados ao mar com carinho e axé?
Leve seu amor, faça uma gira limpa, monte a frente para a Mãe com frutas se preferir. Assim costumo fazer! Enfeite, mas deixe tudo lindo! Coloque um axé de paz e amor, cante um ponto, toque seu atabaque com louvor, eleve-se em uma oração sincera, perfume o ambiente...
Lembre-se! Se você quer mesmo caprichar na sua cerimônia, se quer mesmo que a Mãe não devolva sua oferenda (pois, acreditem, Ela devolve!), se quer que Ela se sinta ainda mais homenageada, economize suas energias, tempo e dinheiro! Ao invés de fazer barcos de madeira, isopor, ou outro material sintético, use esta motivação toda para dar o bom exemplo, cuidando com amor o ponto de força da Mãe Yemanjá - o mar e oceano!
Faça um ritual limpo. Recicle sua forma de ritual. Faça o bem, seja o bem, pois tenho a certeza de que a Grande Mãe irá acolher seus pedidos!
Por uma Umbanda Limpa!
Odoya minha Mãe!
Axé com muita consciência a todos!
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