O texto a seguir é um convite à reflexão, a intenção
não é criticar nem apontar o dedo. Apenas um desabafo, algo que ficou gravado
na minha mente e que por longo tempo acalentei, mas agora, com a ajuda indireta
de um irmão em Cristo, decidi expor minha opinião a esse respeito.
Os desperdiçadores de energia vital podem ser
espíritas, umbandistas, candomblecistas, ou seja, podem estar nas várias
religiões existentes pelo mundo afora e podem ser adeptos de técnicas de energização
como o reiki, por exemplo, como será o caso que vou contar aqui. E lembrando
desde já, que não são as religiões as responsáveis pelas escorregadas morais de
cada um de nós e sim, nós mesmos!
Embora o Reiki não seja uma religião e sim uma “técnica
de energização”, que é conhecida como “energia vital universal”, os mestres na
energia reiki, segundo foi informado não doam energia, são espécie de canal por
onde ela passa.
Já com o passe magnético é o “médium passista” o que
doa parte de seus fluídos vitais. Ele serve também como um canal para a
espiritualidade do Alto agir em benefício dos encarnados sofredores.
Os bons espíritos aproveitam o magnetismo do próprio
encarnado doador, suas energias vitais e as direciona (aplicam).
Para tanto sabemos que aquele que aplica o passe
magnético precisa disciplinar-se, abster-se de comidas pesadas, como carne
vermelha, bebidas alcoólicas, sexo desregrado, pensamentos impuros, inadequados
e de baixo padrão, etc. Isto significa para o bom entendedor que precisamos
melhorar a qualidade de nossos fluídos, de nosso magnetismo próprio. Se o
doamos em caridade é necessário que estejamos aptos a doá-lo, pelo menos
equilibrados emocionalmente, não é mesmo pessoal?
Então isso quer dizer que sendo reikianos ou
passistas, precisamos estar saudáveis fisicamente e mentalmente e a pergunta é:
como é que alguém pode em sã consciência doar energia ao outro para auxiliá-lo,
estando este doente psiquicamente, fraco, deprimido, viciado, desgostoso da
vida e enfermo (corpo físico)? Na minha opinião além da energia ser de má
qualidade, ainda corremos o risco de passa-la para nosso semelhante, podendo
até prejudica-lo.
Os desperdiçadores de energia vital não são aqueles
que usam bem os dons, que estudam e se disciplinam, porque sabemos que até os
mais equilibrados têm problemas em seu cotidiano. Me refiro àqueles que sabem
que estão fisicamente doentes ou em convalescença, que estão com depressão, com
a saúde física abalada, etc.
E tem a questão do “desconfiômetro” do espiritualista,
pois quando a pessoa está fanatizada, fica aquém do bom senso.
Recebi em minha residência um reikiano, um conhecido que não via há
tempos. Levei-o a meu jardim para um diálogo mais agradável, pois fazia muito calor
e tenho um lago artificial mui pequenino no jardim que refresca tudo ao
redor... em pouco tempo ele estava a aplicar energia reiki nas minhas plantas,
nos meus peixes ornamentais... Fiquei, confesso, chateada, mas não o incomodei,
percebi que estava encantado com os peixes e com a simplicidade de tudo.
O irmão em questão está recuperando-se de uma série
de problemas físicos e psicológicos, de duas cirurgias, da depressão, etc.
Os reikianos dizem que a energia doada não é deles,
mas será que os espíritos de amor e caridade, que estão no plano superior irão
usar uma pessoa adoentada para servir de canal? Claro que não!
A questão é a seguinte, reflitamos, será que as
plantas de um verde vibrante, saudáveis e bem cuidadas como estão as do meu
modesto jardim, precisam de energia reiki ou qualquer outra energia que precise
de um canal humano? Não seria no caso, ele, o amigo em questão que precisava receber
a boa energia delas? E no mais NÃO me lembro de te-lo pedido que
aplicasse ENERGIA NENHUMA nem nos meus peixes japoneses nem nas minhas plantas.
Pelo que me consta a natureza por si só já abençoa tudo e energiza naturalmente
o que está ao seu redor.
E o mais curioso é que ele faz assim em todos os
lugares que vai, sem contar que também tem o hábito de aplicar energia nas
pessoas sem que elas pelo menos peçam, ele chega e faz! Com todo o respeito que
devo ter a esse irmão, mas é um tal de desenhar símbolos no ar para tudo, fora
de hora, em qualquer lugar, em qualquer momento, será preciso mesmo?
Meus irmãos, quando estamos doentes, estamos
preparados para “doar” energia mental ou física a quem quer que seja?
Se algo não vai bem em nossas vidas, se estamos
sofrendo, passando por momentos críticos, saindo de internações longas em
hospitais, se estamos com depressão, se ainda nos lembramos dos fatos passados
como se fossem presentes e os mesmos forem traumáticos, nos mantendo um tanto
endurecidos, significa que é hora de repensar se o que fazemos com a nossa
energia, doada ou canalizada, é legal ou não, se esta ação não é um desperdício de
energia.
Alguns estudos sérios nos mostram que para servir de
canal ou mesmo ser aquele que doa a própria energia vital, é preciso uma
harmonia em conjunto, psíquica e física.
O que a maioria de nós por causa da nossa vaidade e
arrogância não possuímos.
Muitos desperdiçadores de energia vital desrespeitam
a livre escolha dos outros, mesmo que seja com a maior das boas intenções.
É preciso respeitar, conhecer, educar-se, compreender,
autoconhecer-se, controlar-se, disciplinar-se, amar-se, libertar-se e
colocar-se à disposição sempre, esperando o pedido de ajuda e jamais
interferindo na livre escolha do outro.
As
perguntas são: será que ele (a) gostaria que eu fizesse
isso?
Estou bem física e psicologicamente para fazer isso?
Tive a permissão para agir em benefício do meu
semelhante? Ele (a) me autorizou?
São perguntinhas básicas, mas que não nos fazemos
muitas das vezes, o que é lamentável.
Interferimos através do livre pensar e do livre agir
na vida das criaturas, a questão é se esta interferência é benéfica ou não, se
não estamos causando futuramente a nós mesmos, problemas diversos.
Reflitamos.
Muito axé!
Letícia Gonçalves
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