Nem todos que frequentam uma comunidade de terreiro na Umbanda estão ali
para fazer parte do grupo de médiuns trabalhadores. A Umbanda é frequentada por
uma ampla diversidade de consciências, composta de diferentes indivíduos, com
propósitos, ideais e objetivos diversos. O mais importante é o acolhimento
fraternal; abraçar, valorizar, considerar, respeitar e tratar todos igualmente,
incondicionalmente, sem discriminar a procedência, se é visitante, consulente,
adepto, assistente, simpatizante. Contudo, há que se diferenciar que para ser
um médium de Umbanda, aceito e iniciado numa corrente, numa egrégora, numa
comunidade religiosa como trabalhador ativo, além de frequentar a assistência o
tempo adequado para ser reconhecido pela Cúpula Espiritual do terreiro, se
fazem necessários inúmeros atributos morais, intelectuais, procedimentais e
vocacionais, além obviamente de mediunidade ativa, de fato, no caso de médiuns
que serão trabalhadores no aconselhamento espiritual durante as sessões
práticas de caridade. Infelizmente, hoje verificamos muitas “iniciações” fast
food, verdadeiros placebos, sem efeito algum. Temos até iniciações à distância
feitas de forma ON LINE em alguns cursos pela internet. A simples “iniciação”
de um indivíduo, desprovido destes atributos básicos e essenciais, e ainda sem
mediunidade, não o habilita como um “iniciado” legítimo e legitimado com
direito ao pertencimento na Corrente Astral de Umbanda. Cabe ao sacerdote,
dirigente, zelador, diretor de rito ou chefe de terreiro, escolher com muito
critério aqueles que são realmente dignos de aceitação e posterior iniciação,
preponderando os atributos básicos e essenciais além da mediunidade ativa
direcionada para as lides de terreiro. Mediunidade ativa que é “impressa” no
Corpo Astral antes da reencarnação do sujeito, o que obviamente nenhuma
iniciação ativará se não for pré-existente esta sensibilização. Saravá
fraterno, NORBERTO PEIXOTO.
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