quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
COMO VIVER COM OS OUTROS
A ciência mais difícil que até hoje encontramos foi a de viver em
conjunto, e o mais interessante é que precisamos desse intercâmbio para viver.
A lei nos condicionou a essas necessidades biológicas e espirituais.
A própria vida perde o sentido se nos isolarmos das criaturas.
Elas têm algo que não possuímos e nós doamos a elas certos estímulos que a
natureza lhes negou. Vemos nisto a presença de Deus, levando-nos ao amor de uns
para com os outros. E assim aprendemos a amar por Amor.
A sociedade cada vez mais se aprimora, desde quando seus membros
passam a se respeitar mutuamente, entrosando as qualidades e desfrutando da
fraternidade na convivência. A sociedade é, pois, a flor do aprimoramento
humano. No entanto, essa sociedade não pode existir sem o lar. Ela se
desarmoniza se deixar de existir a família, que é o sustentáculo da harmonia
que pode ser desfrutada pelos homens, em todos os rumos dos seus objetivos.
Se queres paz em teu lar, começa a respeitar os direitos dos que
convivem contigo. Se romperes a linha divisória dos direitos alheios,
afrontarás a tua própria paz.
Quem somente impõe suas ideias, passa a ser joguete dos
pensamentos dos outros, às vezes, sem perceber. Estuda a natureza humana, pelos
livros e pela observação, que a experiência te dirá os caminhos a tomar e a
conduta a ser seguida. Vê como falas a quem te ouve e como ouves a quem te fala
e, neste autoaprendizado, as lições serão guardadas em lugares de que a vida
sabe cuidar.
Não gastes teu tempo em palavras que desagradam, nem em horas de
silêncio que desapontam. Procura usar as oportunidades no bom senso que
equilibra a alma.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Pergunta: - Que dizeis das mulheres que fumam? Muitas delas acham que o fumo faz emagrecer e que as livra das drogas químicas perigosas!
Ramatís: - É um
equívoco das mulheres pretenderem emagrecer à custa do fumo, quando isso deve
ser obtido através de dietas convenientes ao seu tipo, sob a orientação de hábil
nutrólogo.
O tóxico
do tabaco deprime fortemente certas pessoas debilitadas e exige a incessante mobilização
de energias contra o seu impacto agressivo, resultando uma redução de peso do organismo
físico por debilidade energética, e não devido ao tabagismo, que nada tem de terapêutico!
Em geral, os fumantes inveterados engordam assim que deixam de fumar porque isso
resulta do acúmulo de antitoxinas, que anteriormente foram mobilizadas no
organismo para a defensiva contra a nicotina. Mas, paulatinamente, essas
substâncias vão desaparecendo desmobilizadas pela ausência do tabaco tóxico; e
o "ex-fumante" não tarda a retornar à antiga forma física.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
ASSIM ESTAVA ESCRITO – 2ª Parte
...Fazendo
uma pausa, aumentando a expectativa dos presentes, Lavínia inquiriu, nervosa e
até desesperada:
— Por
que, essas meninas, Marilda e Sônia, destruíram tantos anos de afeto e benefício,
a ponto de prevaricarem como qualquer moçoila leviana criada nas favelas e cortiços,
sem afeto e sem bom trato no mundo? Qual o nosso equívoco? Qual a causa desse
fracasso?
Abelardo,
calmo e atencioso, a transparecer na fisionomia do médium um vislumbre
inteligente, respondeu:
— Meus
queridos irmãos, a própria terra depois de lavrada
não oferece exclusividade de vegetais e frutos sadios, mas também fecunda ervas
daninhas. Planta-se o trigo e o joio existente na terra nasce junto. Nem
podemos separá-los. É certo que sob o carinho, o discernimento e a perseverança
do lavrador, em breve o solo torna-se cada vez mais fértil e a messe melhor.
Obviamente, nós só podemos aguardar a segurança dos frutos sazonados, depois de
dominarmos as surpresas da plantação e ultrapassarmos o período da experimentação
sáfara. Algo semelhante também pode acontecer convosco na direção filantrópica
da "Casa Madalena", cujo terreno ainda se mostra inculto e agreste.
Talvez, faltam-vos conhecimentos psicológicos e freudianos, experiências e
métodos modernos de educação. Melhor controle emotivo e discernimento de
educadores para vos aperceber melhor da índole e das reações desses espíritos
comprometidos espiritualmente na prova cármica da orfandade bastarda.
Considerando-se a não existência da injustiça
no seio da Divindade, é evidente que essas
criaturas atiradas em portas de igrejas ou latas de lixo, desprezaram seus
pais, preceptores ou benfeitores noutras existências. São espíritos primários e
egoístas, presos às sensações inferiores do sexo. Se depois disso elas ainda
viessem a encarnar-se em lares pródigos, afetivos ou venturosos, então a lei de
retificação espiritual seria apenas uma fantasia. Além da assistência material
e do amparo físico tendes de desenvolver a
habilidade, a experiência e o estoicismo espiritual nessas
criaturas, a fim delas superarem os impulsos animais, as frustrações e os
óbices que inevitavelmente irão defrontar, quando forem devolvidas ao mundo
profano. Isto acontece com o lavrador; ele arranca violentamente as ervas
daninhas, fere a planta sadia na poda retificadora. Usa o inseticida mortal no
extermínio dos insetos nocivos, para obter a
planta resistente e sazonada.
— Naturalmente,
referi-vos à nossa inexperiência no programa assistencial às órfãs, não é
assim? — interveio um dos diretores da instituição. instituições espíritas
filantrópicas, no momento, defrontam com a falta de preceptores para o bom
êxito e a segurança dos programas
benfeitores. Há muitos servidores de boa vontade para atender as exigências
humanas dos deserdados da sorte, mas é bem reduzida a "equipe" de
preceptores para esclarecê-los e ensiná-los a enfrentar as vicissitudes da
vida! (1) Repito, não basta ao lavrador apenas plantar as mudas ou sementes em
bom terreno, preservá-las dos insetos daninhos, da chuva torrencial, da
aspereza das geadas ou da violência dos tufões. Embora
o solo esteja bem adubado e as espécies bem amparadas, é
preciso podar as vergônteas nocivas no "tempo
certo" e quando tenras, dando condições ao vegetal para sobreviver
naturalmente.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Elucidações sobre a prece
PERGUNTA: - De um modo geral, como considerais a prece?
RAMATÍS: - A prece
dinamiza os anseios sublimes que, em estado latente, já existem na intimidade
do Espírito imortal. O homem, na verdade, como futuro anjo, quando se devota à
oração, exercita-se num treino devocional que o põe em contato com os espíritos
de hierarquia angélica. Toda prece fervorosa e pura recebe do Alto a resposta benfeitora,
a sugestão mais certa e, também, as energias psíquicas que sustentam o
próprio corpo carnal. 1
1
- Nota do Revisor: "Cada prece, tanto quanto cada emissão de força, se
caracteriza por determinado potencial de frequência e todos estamos cercados
por Inteligências capazes de sintonizarem com o nosso apelo, à maneira de
estações receptoras". Trecho extraído do capítulo "Em Torno da
Prece", da obra "Entre a Terra e o Céu", de André Luiz a Chico
Xavier.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
ASSIM ESTAVA ESCRITO – 1ª Parte
Eram
duas horas da madrugada. A noite estava quente e abafadiça. As mariposas e os
besouros dançavam alvoroçados ao redor das lâmpadas elétricas da praça. Os
bancos estavam vazios e ouvia-se os grunhidos de algum bêbedo tentando
encontrar o rumo de casa. Às vezes, o silêncio da noite era quebrado
repentinamente pelo barulho dos carros de padeiros fazendo bulha nas pedras da
rua, ou pelo latido de algum cão notívago. Ali, junto ao meio fio, estacionavam
dois automóveis de aluguel. Os choferes dormiam, esparramados sobre os assentos
e gozando de rápido sono, enquanto não lhes apareciam fregueses.
Das
sombras saiu um vulto de mulher pequena que, em movimentos rápidos, esgueirou-se
por trás de um renque de cedros e pequenos arbustos da praça; atenta à qualquer
movimento exterior, ela evitava mostrar-se à luz das lâmpadas. Movia-se aos
pulinhos, como os pássaros; surgia, de relance, recortando o seu vulto na
claridade difusa e depois era sumida pelas sebes e pelos arbustos compactos.
Súbito, parou, indecisa. Orientou-se no meio da escuridão, aproximou-se .com
passos cuidadosos, perto dos automóveis estacionados. Cautelosamente ela
se certificou de que os choferes dormiam. Em seguida, tomou de um embrulho, e,
num gesto furtivo e rápido, que mal lhe desenhou a silhueta sob a réstia de
luz, largou-o sobre o coletor de lixo, junto ao banco de cimento e sumiu-se
definitivamente tragada pela escuridão. Tudo continuou quieto como se nada
tivesse acontecido; mas a quietude logo foi quebrada por uma voz masculina e
vigorosa:
—
Olá, Waldemar! Acorda, homem! — O passageiro bateu fortemente no vidro da porta
do automóvel. O chofer' acordou-se, sonolento, esticou os braços num movimento
de aliviar a tensão do corpo e deu conta do que acontecia. Abriu, rápido, a
porta do veículo para o freguês notívago. Neste instante, ambos ouviram, ali
perto, um choro abafado, que os fez mover a cabeça, num gesto unânime de
surpresa em direção ao coletor de lixo.
— Ué!
— interveio o passageiro, desistindo de entrar no automóvel. — Ali há coisa!
O
chofer saiu do carro, rodeou-o, curvando-se sobre o embrulho deixado pela mulher
misteriosa no coletor de lixo. Livre dos panos que o oprimiam, o recém nascido
entrou num choro convulso e interminável.
— Ora;
mais essa? — exclamou o chofer, perplexo, erguendo o boné e coçando o cimo da
cabeça. Caminhou para o outro veículo e bateu forte na porta, arrancando o
colega do sono gostoso:
— Armando!
... Armando! Acorda, homem! Temos coisa por aqui!
— E
quando o companheiro achegou-se, ainda esfregando os olhos e mal acordado, mostrou-lhe
o bebê a berrar sobre o banco de cimento, e mofou, num tom chocarreiro:
— Olha
aí teu filho, homem! Eu bem que desconfiava!
— O
que?! — exclamou o outro, atarantado, enquanto o passageiro ria alto e
considerava depois:
— É
um ser humano, não é? Acho que devemos levá-lo à Polícia, para ela dar um jeito!
— E num gesto familiar. —A não ser que um de vocês queira adotá-lo!
— Eu?!
— fez o segundo chofer. — Mal dou conta das minhas cinco bocas em casa!
— Quanta
a mim sou solteiro. Não tenho jeito para ama-seca! — desculpou-se o primeiro.
Na
"Delegacia de Ordem Social", o suplente da noite tirou uma baforada
de fumo do cigarro, e sem qualquer emotividade, considerou:
— Naturalmente isso é de
alguma vagabunda. Elas enchem a barriga e chutam o filho para os outros
criarem! Isso é muito comum. Essa teve algum remorso ou escrúpulo, pois se renegou
o filho não o matou. E
depois de uma pausa, coçando a cabeça, aventou uma solução:
— Não
podemos obrigar uma sem-vergonha a criar os filhos. Quanto a isso nada posso fazer,
nem abrir um inquérito ou qualquer punição. Talvez esse diabo aí esteja com
fome. Não para de berrar. Olhe, vou dar a vocês uma recomendação para gente
minha conhecida, e que já tem me "quebrado uns galhos" como este! — E
apontando o enjeitado, indagou. —É menino ou menina?
— Menina!
— redarguiu o chofer.
O
suplente sentou-se, puxou da caneta e redigiu um rápido bilhete, entregando aos
choferes:
—
Levem isso à "Casa Madalena", dos espíritas, e digam à dona Lavínia
para recolher essa enjeitada até amanhã. Mais tarde, eu passo por lá e darei
uma solução definitiva. Contem como a acharam numa lata de lixo!
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
VERGONHA DE ASSUMIR-SE ESPÍRITA?
Por que será
que muitos de nós têm vergonha de assumir-se espírita fora do nosso grupo
religioso? Será preconceito?
Num domingo desses na parte da manhã, tocaram campainha em minha casa e olha só que curioso, após atender quem chamava ao portão, minha mãe voltou falando sozinha, reclamando e então minha curiosidade aguçou-se. Quis saber qual o motivo do evidente constrangimento e da chateação e ela me disse que eram os nossos irmãos evangélicos ao portão, perguntando se poderiam ler a Bíblia para ela.
Minha maior surpresa foi quando lhe perguntei se ela não havia agradecido a atenção e dito para os evangélicos que somos espíritas. Olhou-me com espanto e disse um sonoro NÃO, IMAGINE!!!
Quis saber o motivo para tanto constrangimento, mas nem continuei porque ela irritou-se comigo e tentou disfarçar a vergonha de assumir-se espírita... Pareceu-me pela reação negativa de minha mãe terrena, que aquele grupo de religiosos, conhecidos como evangélicos (neopentecostais) eram melhores, superiores, os mais corretos em escolha religiosa e que assumir-se espírita para eles era algo vergonhoso, constrangedor e indigno...
Muitos de nós em algum momento da vida age assim, creio que porque somos nós mesmos os maiores preconceituosos.
Dizer-se umbandista então, nossa! As pessoas nos olham como se fôssemos os maiores e piores feiticeiros do universo!
Semana passada, aproximou-se de mim uma jovem e do nada iniciou um diálogo, isso é comum aqui em Belo Horizonte, gostamos muito de uma prosa. Ela sem nunca ter me visto na vida, começou dizendo que estava saindo de uma depressão porque o ex-marido a havia traído... Escutei com atenção, mas mantive-me em silêncio todo o tempo, apenas lhe ouvia, quando de repente, ela me disse que uma vizinha lhe convidou para conhecer uma fraternidade. O curioso foi que a moça imediatamente justificou-se para mim, dizendo assim: _A minha vizinha me disse que caso aceitasse, iríamos numa “fraternidade branca”, nada dessas coisas de “macumba” (umbanda)... era coisa séria mesmo, uai!
Num domingo desses na parte da manhã, tocaram campainha em minha casa e olha só que curioso, após atender quem chamava ao portão, minha mãe voltou falando sozinha, reclamando e então minha curiosidade aguçou-se. Quis saber qual o motivo do evidente constrangimento e da chateação e ela me disse que eram os nossos irmãos evangélicos ao portão, perguntando se poderiam ler a Bíblia para ela.
Minha maior surpresa foi quando lhe perguntei se ela não havia agradecido a atenção e dito para os evangélicos que somos espíritas. Olhou-me com espanto e disse um sonoro NÃO, IMAGINE!!!
Quis saber o motivo para tanto constrangimento, mas nem continuei porque ela irritou-se comigo e tentou disfarçar a vergonha de assumir-se espírita... Pareceu-me pela reação negativa de minha mãe terrena, que aquele grupo de religiosos, conhecidos como evangélicos (neopentecostais) eram melhores, superiores, os mais corretos em escolha religiosa e que assumir-se espírita para eles era algo vergonhoso, constrangedor e indigno...
Muitos de nós em algum momento da vida age assim, creio que porque somos nós mesmos os maiores preconceituosos.
Dizer-se umbandista então, nossa! As pessoas nos olham como se fôssemos os maiores e piores feiticeiros do universo!
Semana passada, aproximou-se de mim uma jovem e do nada iniciou um diálogo, isso é comum aqui em Belo Horizonte, gostamos muito de uma prosa. Ela sem nunca ter me visto na vida, começou dizendo que estava saindo de uma depressão porque o ex-marido a havia traído... Escutei com atenção, mas mantive-me em silêncio todo o tempo, apenas lhe ouvia, quando de repente, ela me disse que uma vizinha lhe convidou para conhecer uma fraternidade. O curioso foi que a moça imediatamente justificou-se para mim, dizendo assim: _A minha vizinha me disse que caso aceitasse, iríamos numa “fraternidade branca”, nada dessas coisas de “macumba” (umbanda)... era coisa séria mesmo, uai!
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Desfaz “isso” pra mim!?
Lúcia estava assentada
confortavelmente numa cadeira, enquanto ouvia atenciosamente ao final da
palestra elucidativa da noite naquela casa de Umbanda. Ela resolveu conhecer o
povo que veste o branco e carrega no pescoço as guias coloridas (colares),
porque na fraternidade que frequentou há mais de quinze anos, não conseguira
lograr êxito em suas mais elevadas expectativas de mulher.
Casada há dezoito anos com
Álvaro, sentia-se incapaz de lhe satisfazer os caprichos “mais simples”.
Álvaro era viúvo e quando se casou com Lúcia pela segunda vez, já era pai de
duas lindas moças adultas. Queria realizar seu grande sonho, o de ser pai de um
lindo varão. Nossa personagem deveria
com facilidade lhe realizar mais esse desejo, era moça nova... doze anos mais
moça que o esposo, porém, não
engravidava.
Após anos de intensos
tratamentos para fertilização, algumas crises de depressão e muitas idas ao
psicólogo, caiu vencida pelo cansaço e pela tristeza.
Foi a muitos lugares em
busca de respostas para seu drama, mas sem sucesso.
Ora, porque Deus lhe “castigaria”
assim? Era uma bela mulher, bem feita de
corpo que mais parecia uma boneca de porcelana. Inteligentíssima e competente
ela encantava a todos.
Boa esposa e cuidadosa
com as coisas do lar, sabia administrar seu tempo e além do mais, era muito
religiosa, adorava ajudar na campanha do quilo em sua comunidade... Lúcia tinha
muitos amigos, mas se sentia só e por vezes se pegava fazendo as mesmas
perguntas de anos, porque tudo aquilo lhe acontecia, já que era uma mulher tão boa e só o que lhe faltava eram apenas as
delícias da maternidade?
Todas as amigas já eram
mães, as irmãs mais velhas também, eram férteis e seus filhos eram saudáveis e
lindinhos... Mas Lúcia se sentia seca e incapaz de gerar uma vida! Chorava
copiosamente, lastimando-se da má sorte, o que ela não sabia que não estava só
no mundo, pois milhares de mulheres em todo o planeta enfrentavam as dores e os
dissabores da infertilidade.
O esposo até que tentava
consolá-la, mas contrariara-se muito com a fragilidade emocional de sua amada,
além do mais, havia nele um evidente sinal de desapontamento com a jovem
esposa, pois viu nela desde o princípio a possibilidade de ser pai novamente,
mas queria um filho homem!
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
A UMBANDA RESOLVE?!
Era sexta-feira, a noite
estava quente, as temperaturas estavam altas em todo país. Todos os ventiladores
ligados e por incrível que pareça todos os lugares na assistência estavam
ocupados.
Naquela casa umbandista
que recebia seus irmãos de braços abertos, estava aberta a sessão de caridade e
os pretos velhos amorosamente recebiam as reclamações dos consulentes
desiludidos, devolvendo-as em forma de aconselhamento fraterno.
Aylton, nosso personagem
principal, foi conduzido até uma cabine de atendimento, era mais um visitante
novo na casa. Durante o atendimento fraterno lhe foram propostos alguns tratamentos
espirituais (passes magnéticos, água fluída, assistir palestras).
Buscava a todo custo disciplinar
os pensamentos conduzindo-os para melhores caminhos, pois vinham-lhe a todo instante
pensamentos de fracasso, medo e insegurança, que o direcionavam para a fuga e desistência,
oriundas do pessimismo.
A entidade espiritual
através do seu médium lhe saudou amorosamente, auscultando lhe discretamente o
coração e os pensamentos em desalinho...
Pai velho: _Boa noite, filho, que a
paz de Jesus esteja entre nós! O que te sucede?
Aylton: _Estou com 27 anos
de idade e passando por um tratamento médico para impotência sexual! Me sinto
jovem e forte, pai velho, mas a minha potência acabou. Estou desesperado porque
já não sei mais o que fazer, pois há seis meses estou assim... os médicos da
Terra não conseguem resolver o meu “probleminha”, aí um amigo me falou para vir
aqui que a umbanda resolveria o meu caso!
O médium, coitado, diante daquela
declaração “a umbanda resolve o meu caso”, enrubesceu! Mas o amoroso guia
espiritual, profundo conhecedor da alma humana ouviu com paciência e amor o que
Aylton falava, esperava o momento certo para tocar-lhe fundo o coração sem envergonhá-lo
mais.
O rapaz por sua vez,
falava como um papagaio... chorava, suas pernas tremiam, ele esfregava as mãos
uma na outra nervosamente e as enxugava no pano da calça de minuto a minuto. Por
fim, calou-se esgotado lançando um olhar desesperado para o médium incorporado.
Pai velho: Filho, nós estamos aqui para
lhe ajudar a se ajudar, não existe milagre sem esforço próprio, entende? Para
lhe ser mais claro, não existem milagres! Para todo efeito houve uma causa e
vice versa. Os problemas aparecem para despertar os filhos de fé para algo que
eles não querem ver, servem para fazer a humanidade evoluir e crescer
espiritualmente.
Suncê filho, abusou da
energia sexual se é que deseja realmente compreender o que te ocorre agora.
Pense um pouco e busque no passado que logo virão as lembranças dos excessos de
toda ordem.
Os excessos são
prejudiciais e sexo meu filho é bênção, é caminho para a evolução das almas e
não o atalho! É meio de crescimento do espírito através da reencarnaçãos e não o
da queda! Sexo é bom, mas não é tudo.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Por que a simplicidade não satisfaz?
Depois de alguns anos militando na umbanda, comecei a desenvolver um senso critico no diz respeito a minha religião.
Passei a observar as mudanças, as evoluções, os retrocessos, o comportamento, enfim tudo que se refere ao dia a dia da Umbanda.
Uma coisa tem me incomodado muito; a falta de simplicidade que tenho
observado nos terreiros. Quando iniciei na Umbanda, pés no chão, uma
roupa branca, algumas
velas brancas no altar e o terreiro estava pronto
para funcionar, as entidades sempre presentes, os consulentes atendidos,
os médiuns felizes por estarem ali, enfim uma atmosfera propícia para
pratica do bem.
Nosso aprendizado era dentro do terreiro, ouvindo o dirigente, as entidades, os mais experientes.
Muitos vão dizer que a evolução é importante e faz parte da vida,
concordo, mas penso que deva ser uma evolução inteligente, coerente.
Infelizmente tenho visto muitos que inventam rituais, fundamentos,
praticas, muitas beirando o absurdo, outros vão buscar em outras
religiões, praticas que nada tem haver com a Umbanda, em nome de uma
pretensa evolução.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
NÃO META A MÃO EM CUMBUCA DE PRETO VELHO!!!
Num terreiro de Umbanda que preza pela senioridade preservando e
respeitando o tempo de trabalho e de iniciação de cada médium, o que não quer
dizer pompas vaidosas e destaques na hierarquia normativa e aplicadora dos
rituais, certas tarefas litúrgicas, como por exemplo a renovação dos elementos
utilizados nas firmezas, tronqueiras e assentamentos vibratórios, são
realizadas pelos mais antigos, médiuns preparados e de inteira confiança do chefe
de terreiro. E só antiguidade não basta, sendo necessário a certeza que
a tarefa está de acordo com o ELEDÁ – Coroa Mediúnica – que compõe o ORI –
mente ou cabeça – do médium, para que o mesmo possa desempenha-la suportando
adequadamente o entrechoque de energias em absoluta adequação aos seus CAMINHOS
na mediunidade.
É de causar estupefação o que estão fazendo por aí, “consagrando”,
“firmando” e “assentando” “orixás”, “exus” e outras coisas, tudo a distância,
em cursos virtuais que vendem “iniciações”, sem a mínima exigência de quaisquer
pré-requisitos, disponível a todos, seja no trabalho, residência ou outro
local.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
PAIS E FILHOS
A ingratidão é um dos frutos mais
diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. Mas, a dos filhos para
com os pais apresenta caráter ainda mais odioso. Do item 9, do Cap. XIV, de
"O Evangelho Segundo o Espiritismo". Trazida a reencarnação para os
alicerces dos fenômenos sócio-domésticos, não é somente a relação de pais para
filhos que assume caráter de importância, mas igualmente a que se verifica dos
filhos para com os pais. Os filhos não pertencem aos pais; entretanto, de igual
modo, os pais não pertencem aos filhos. Os genitores devem especial
consideração aos que agridem os filhos e tentam escravizá-los, qual se lhes
fossem objeto de propriedade exclusiva; todavia, encontramos, na mesma ordem de frequência, filhos que agridem os pais e buscam escravizá-los, como se os progenitores
lhes constituíssem alimárias domésticas. A
reencarnação traça rumos nítidos ao mútuo respeito que nos compete de uns para
com os outros. Entre pais e filhos, há naturalmente uma fronteira de apreço recíproco, que não se
pode ultrapassar, em nome do amor, sem que o egoísmo apareça, conturbando-lhes
a existência. Justo que os pais não interfiram no futuro dos filhos, tanto quanto justo que os
filhos não interfiram no passado dos pais. Os pais não conseguem penetrar, de
imediato, a trama do destino que os princípios cármicos lhes reservam aos
filhos, no porvir, e os filhos estão inabilitados a compreender, de pronto, o enredo
das circunstâncias em que se mergulharam seus pais, no pretérito, a fim de que pudessem
volver, do Plano Espiritual ao renascimento no Plano Físico. Unicamente no mundo
das causas, após a desencarnação, ser-lhes-á possível o entendimento claro, acerca
dos vínculos em que se imanizam. Invoque-se, à vista disso, o auxílio de religiosos,
professores, filósofos e psicólogos, a fim de que a excessiva agressividade filial
não atinja as raias da perversidade ou da delinquência para com os pais e nem a excessiva autoridade dos pais venha
a violentar os filhos, em nome de extemporânea ou cruel desvinculação. Pais e
filhos são, originariamente, consciências livres, livres filhos de Deus
empenhados no mundo à obra de autoburilamento, resgate de débitos, reajuste, evolução.
As leis da vida englobam-lhes a individualidade no mesmo alto gabarito de consideração.
Nunca é lícito o desprezo dos pais para com os filhos e vice-versa. Não configuramos
no assunto qualquer aspecto lírico na temática afetiva. Apresentamos, sumariamente,
princípios básicos do Universo. A existência terrestre é muito importante no progresso
e no aperfeiçoamento do Espírito; no entanto, ao mesmo tempo, é simples estágio
da criatura eterna no educandário da experiência física, à maneira de estudante
no internato.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
MEDIUNIDADE ATIVA E INICIAÇÃO NA CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA
Nem todos que frequentam uma comunidade de terreiro na Umbanda estão ali
para fazer parte do grupo de médiuns trabalhadores. A Umbanda é frequentada por
uma ampla diversidade de consciências, composta de diferentes indivíduos, com
propósitos, ideais e objetivos diversos. O mais importante é o acolhimento
fraternal; abraçar, valorizar, considerar, respeitar e tratar todos igualmente,
incondicionalmente, sem discriminar a procedência, se é visitante, consulente,
adepto, assistente, simpatizante. Contudo, há que se diferenciar que para ser
um médium de Umbanda, aceito e iniciado numa corrente, numa egrégora, numa
comunidade religiosa como trabalhador ativo, além de frequentar a assistência o
tempo adequado para ser reconhecido pela Cúpula Espiritual do terreiro, se
fazem necessários inúmeros atributos morais, intelectuais, procedimentais e
vocacionais, além obviamente de mediunidade ativa, de fato, no caso de médiuns
que serão trabalhadores no aconselhamento espiritual durante as sessões
práticas de caridade. Infelizmente, hoje verificamos muitas “iniciações” fast
food, verdadeiros placebos, sem efeito algum. Temos até iniciações à distância
feitas de forma ON LINE em alguns cursos pela internet. A simples “iniciação”
de um indivíduo, desprovido destes atributos básicos e essenciais, e ainda sem
mediunidade, não o habilita como um “iniciado” legítimo e legitimado com
direito ao pertencimento na Corrente Astral de Umbanda. Cabe ao sacerdote,
dirigente, zelador, diretor de rito ou chefe de terreiro, escolher com muito
critério aqueles que são realmente dignos de aceitação e posterior iniciação,
preponderando os atributos básicos e essenciais além da mediunidade ativa
direcionada para as lides de terreiro. Mediunidade ativa que é “impressa” no
Corpo Astral antes da reencarnação do sujeito, o que obviamente nenhuma
iniciação ativará se não for pré-existente esta sensibilização. Saravá
fraterno, NORBERTO PEIXOTO.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Os desperdiçadores de energia vital.
O texto a seguir é um convite à reflexão, a intenção
não é criticar nem apontar o dedo. Apenas um desabafo, algo que ficou gravado
na minha mente e que por longo tempo acalentei, mas agora, com a ajuda indireta
de um irmão em Cristo, decidi expor minha opinião a esse respeito.
Os desperdiçadores de energia vital podem ser
espíritas, umbandistas, candomblecistas, ou seja, podem estar nas várias
religiões existentes pelo mundo afora e podem ser adeptos de técnicas de energização
como o reiki, por exemplo, como será o caso que vou contar aqui. E lembrando
desde já, que não são as religiões as responsáveis pelas escorregadas morais de
cada um de nós e sim, nós mesmos!
Embora o Reiki não seja uma religião e sim uma “técnica
de energização”, que é conhecida como “energia vital universal”, os mestres na
energia reiki, segundo foi informado não doam energia, são espécie de canal por
onde ela passa.
Já com o passe magnético é o “médium passista” o que
doa parte de seus fluídos vitais. Ele serve também como um canal para a
espiritualidade do Alto agir em benefício dos encarnados sofredores.
Os bons espíritos aproveitam o magnetismo do próprio
encarnado doador, suas energias vitais e as direciona (aplicam).
Para tanto sabemos que aquele que aplica o passe
magnético precisa disciplinar-se, abster-se de comidas pesadas, como carne
vermelha, bebidas alcoólicas, sexo desregrado, pensamentos impuros, inadequados
e de baixo padrão, etc. Isto significa para o bom entendedor que precisamos
melhorar a qualidade de nossos fluídos, de nosso magnetismo próprio. Se o
doamos em caridade é necessário que estejamos aptos a doá-lo, pelo menos
equilibrados emocionalmente, não é mesmo pessoal?
Então isso quer dizer que sendo reikianos ou
passistas, precisamos estar saudáveis fisicamente e mentalmente e a pergunta é:
como é que alguém pode em sã consciência doar energia ao outro para auxiliá-lo,
estando este doente psiquicamente, fraco, deprimido, viciado, desgostoso da
vida e enfermo (corpo físico)? Na minha opinião além da energia ser de má
qualidade, ainda corremos o risco de passa-la para nosso semelhante, podendo
até prejudica-lo.
A UMBANDA E OS RESÍDUOS DO RITO DE YEMANJÁ
O momento é de
mudanças, transformações e reforma intima! Mudanças estas que devem começar nas
mentes das pessoa "ditas" umbandista, considerando que muitas pessoas
se utilizam erroneamente do nome da Umbanda, pois, "ser" umbandista
significa estudar seus fundamentos, conhecer seus princípios, seguí-los e,
sobretudo, amar esta linda religião!
Como vocês bem sabem, eu nasci na Umbanda e reverencío suas leis desde então.
Por isso, chegada à época dos Festejos da Sagrada Mãe da Umbanda, Yemanjá, em especial, quando ao término, sinto verdadeira vergonha destes tais "umbandistas" que transformam a praia em um verdadeiro lixão com suas infindáveis oferendas poluentes, maculando a imagem de nossa religião, que a todos, incluída a natureza, visa proteger.
Meu pai já dizia: "como explicar que focinho de porco não é tomada?".
Já tantas vezes tive que explicar "que aquela imensa sujeira em frente a praça onde as crianças brincam", que "aqueles dejetos em putrefação na esquina de uma amiga", que "aquele imenso lixão do dia seguinte dos ritos de Yemanjá", dentre outros tantos, não são coisas da Umbanda; não da verdadeira Umbanda.
Vivemos uma inversão de valores e sentidos religiosos. O verdadeiro umbandista ama a morada de seus pais, protege e luta pela sua preservação. Como nos dias de hoje é possível aceitar tanto descuido e desrespeito a o que nos é tão sagrado? Como mostrar às pessoas que cultuamos a Natureza, onde o que mais encontramos é o descaso? Sujar o mar é como sujar a porta de entrada da morada de nossos ancestrais, dá pra imaginar isso?
Como vocês bem sabem, eu nasci na Umbanda e reverencío suas leis desde então.
Por isso, chegada à época dos Festejos da Sagrada Mãe da Umbanda, Yemanjá, em especial, quando ao término, sinto verdadeira vergonha destes tais "umbandistas" que transformam a praia em um verdadeiro lixão com suas infindáveis oferendas poluentes, maculando a imagem de nossa religião, que a todos, incluída a natureza, visa proteger.
Meu pai já dizia: "como explicar que focinho de porco não é tomada?".
Já tantas vezes tive que explicar "que aquela imensa sujeira em frente a praça onde as crianças brincam", que "aqueles dejetos em putrefação na esquina de uma amiga", que "aquele imenso lixão do dia seguinte dos ritos de Yemanjá", dentre outros tantos, não são coisas da Umbanda; não da verdadeira Umbanda.
Vivemos uma inversão de valores e sentidos religiosos. O verdadeiro umbandista ama a morada de seus pais, protege e luta pela sua preservação. Como nos dias de hoje é possível aceitar tanto descuido e desrespeito a o que nos é tão sagrado? Como mostrar às pessoas que cultuamos a Natureza, onde o que mais encontramos é o descaso? Sujar o mar é como sujar a porta de entrada da morada de nossos ancestrais, dá pra imaginar isso?
Assinar:
Postagens (Atom)