quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

COMO VIVER COM OS OUTROS





A ciência mais difícil que até hoje encontramos foi a de viver em conjunto, e o mais interessante é que precisamos desse intercâmbio para viver. A lei nos condicionou a essas necessidades biológicas e espirituais.
A própria vida perde o sentido se nos isolarmos das criaturas. Elas têm algo que não possuímos e nós doamos a elas certos estímulos que a natureza lhes negou. Vemos nisto a presença de Deus, levando-nos ao amor de uns para com os outros. E assim aprendemos a amar por Amor.
A sociedade cada vez mais se aprimora, desde quando seus membros passam a se respeitar mutuamente, entrosando as qualidades e desfrutando da fraternidade na convivência. A sociedade é, pois, a flor do aprimoramento humano. No entanto, essa sociedade não pode existir sem o lar. Ela se desarmoniza se deixar de existir a família, que é o sustentáculo da harmonia que pode ser desfrutada pelos homens, em todos os rumos dos seus objetivos.
Se queres paz em teu lar, começa a respeitar os direitos dos que convivem contigo. Se romperes a linha divisória dos direitos alheios, afrontarás a tua própria paz.
Quem somente impõe suas ideias, passa a ser joguete dos pensamentos dos outros, às vezes, sem perceber. Estuda a natureza humana, pelos livros e pela observação, que a experiência te dirá os caminhos a tomar e a conduta a ser seguida. Vê como falas a quem te ouve e como ouves a quem te fala e, neste autoaprendizado, as lições serão guardadas em lugares de que a vida sabe cuidar.
Não gastes teu tempo em palavras que desagradam, nem em horas de silêncio que desapontam. Procura usar as oportunidades no bom senso que equilibra a alma.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Pergunta: - Que dizeis das mulheres que fumam? Muitas delas acham que o fumo faz emagrecer e que as livra das drogas químicas perigosas!


Ramatís: - É um equívoco das mulheres pretenderem emagrecer à custa do fumo, quando isso deve ser obtido através de dietas convenientes ao seu tipo, sob a orientação de hábil nutrólogo.

O tóxico do tabaco deprime fortemente certas pessoas debilitadas e exige a incessante mobilização de energias contra o seu impacto agressivo, resultando uma redução de peso do organismo físico por debilidade energética, e não devido ao tabagismo, que nada tem de terapêutico! Em geral, os fumantes inveterados engordam assim que deixam de fumar porque isso resulta do acúmulo de antitoxinas, que anteriormente foram mobilizadas no organismo para a defensiva contra a nicotina. Mas, paulatinamente, essas substâncias vão desaparecendo desmobilizadas pela ausência do tabaco tóxico; e o "ex-fumante" não tarda a retornar à antiga forma física.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

ASSIM ESTAVA ESCRITO – 2ª Parte



...Fazendo uma pausa, aumentando a expectativa dos presentes, Lavínia inquiriu, nervosa e até desesperada:
— Por que, essas meninas, Marilda e Sônia, destruíram tantos anos de afeto e benefício, a ponto de prevaricarem como qualquer moçoila leviana criada nas favelas e cortiços, sem afeto e sem bom trato no mundo? Qual o nosso equívoco? Qual a causa desse fracasso?
Abelardo, calmo e atencioso, a transparecer na fisionomia do médium um vislumbre inteligente, respondeu:
— Meus queridos irmãos, a própria terra depois de lavrada não oferece exclusividade de vegetais e frutos sadios, mas também fecunda ervas daninhas. Planta-se o trigo e o joio existente na terra nasce junto. Nem podemos separá-los. É certo que sob o carinho, o discernimento e a perseverança do lavrador, em breve o solo torna-se cada vez mais fértil e a messe melhor. Obviamente, nós só podemos aguardar a segurança dos frutos sazonados, depois de dominarmos as surpresas da plantação e ultrapassarmos o período da experimentação sáfara. Algo semelhante também pode acontecer convosco na direção filantrópica da "Casa Madalena", cujo terreno ainda se mostra inculto e agreste. Talvez, faltam-vos conhecimentos psicológicos e freudianos, experiências e métodos modernos de educação. Melhor controle emotivo e discernimento de educadores para vos aperceber melhor da índole e das reações desses espíritos comprometidos espiritualmente na prova cármica da orfandade bastarda. Considerando-se a não existência da injustiça no seio da Divindade, é evidente que essas criaturas atiradas em portas de igrejas ou latas de lixo, desprezaram seus pais, preceptores ou benfeitores noutras existências. São espíritos primários e egoístas, presos às sensações inferiores do sexo. Se depois disso elas ainda viessem a encarnar-se em lares pródigos, afetivos ou venturosos, então a lei de retificação espiritual seria apenas uma fantasia. Além da assistência material e do amparo físico tendes de desenvolver a habilidade, a experiência e o estoicismo espiritual nessas criaturas, a fim delas superarem os impulsos animais, as frustrações e os óbices que inevitavelmente irão defrontar, quando forem devolvidas ao mundo profano. Isto acontece com o lavrador; ele arranca violentamente as ervas daninhas, fere a planta sadia na poda retificadora. Usa o inseticida mortal no extermínio dos insetos nocivos, para obter a planta resistente e sazonada.
— Naturalmente, referi-vos à nossa inexperiência no programa assistencial às órfãs, não é assim? — interveio um dos diretores da instituição. instituições espíritas filantrópicas, no momento, defrontam com a falta de preceptores para o bom êxito e a segurança dos programas benfeitores. Há muitos servidores de boa vontade para atender as exigências humanas dos deserdados da sorte, mas é bem reduzida a "equipe" de preceptores para esclarecê-los e ensiná-los a enfrentar as vicissitudes da vida! (1) Repito, não basta ao lavrador apenas plantar as mudas ou sementes em bom terreno, preservá-las dos insetos daninhos, da chuva torrencial, da aspereza das geadas ou da violência dos tufões. Embora o solo esteja bem adubado e as espécies bem amparadas, é preciso podar as vergônteas nocivas no "tempo certo" e quando tenras, dando condições ao vegetal para sobreviver naturalmente.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Elucidações sobre a prece

PERGUNTA: - De um modo geral, como considerais a prece?



RAMATÍS: - A prece dinamiza os anseios sublimes que, em estado latente, já existem na intimidade do Espírito imortal. O homem, na verdade, como futuro anjo, quando se devota à oração, exercita-se num treino devocional que o põe em contato com os espíritos de hierarquia angélica. Toda prece fervorosa e pura recebe do Alto a resposta benfeitora, a sugestão mais certa e, também, as energias psíquicas que sustentam o próprio  corpo carnal. 1



1 - Nota do Revisor: "Cada prece, tanto quanto cada emissão de força, se caracteriza por determinado potencial de frequência e todos estamos cercados por Inteligências capazes de sintonizarem com o nosso apelo, à maneira de estações receptoras". Trecho extraído do capítulo "Em Torno da Prece", da obra "Entre a Terra e o Céu", de André Luiz a Chico Xavier.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

ASSIM ESTAVA ESCRITO – 1ª Parte




Eram duas horas da madrugada. A noite estava quente e abafadiça. As mariposas e os besouros dançavam alvoroçados ao redor das lâmpadas elétricas da praça. Os bancos estavam vazios e ouvia-se os grunhidos de algum bêbedo tentando encontrar o rumo de casa. Às vezes, o silêncio da noite era quebrado repentinamente pelo barulho dos carros de padeiros fazendo bulha nas pedras da rua, ou pelo latido de algum cão notívago. Ali, junto ao meio fio, estacionavam dois automóveis de aluguel. Os choferes dormiam, esparramados sobre os assentos e gozando de rápido sono, enquanto não lhes apareciam fregueses.
Das sombras saiu um vulto de mulher pequena que, em movimentos rápidos, esgueirou-se por trás de um renque de cedros e pequenos arbustos da praça; atenta à qualquer movimento exterior, ela evitava mostrar-se à luz das lâmpadas. Movia-se aos pulinhos, como os pássaros; surgia, de relance, recortando o seu vulto na claridade difusa e depois era sumida pelas sebes e pelos arbustos compactos. Súbito, parou, indecisa. Orientou-se no meio da escuridão, aproximou-se .com passos cuidadosos, perto dos automóveis estacionados. Cautelosamente ela se certificou de que os choferes dormiam. Em seguida, tomou de um embrulho, e, num gesto furtivo e rápido, que mal lhe desenhou a silhueta sob a réstia de luz, largou-o sobre o coletor de lixo, junto ao banco de cimento e sumiu-se definitivamente tragada pela escuridão. Tudo continuou quieto como se nada tivesse acontecido; mas a quietude logo foi quebrada por uma voz masculina e vigorosa:
— Olá, Waldemar! Acorda, homem! — O passageiro bateu fortemente no vidro da porta do automóvel. O chofer' acordou-se, sonolento, esticou os braços num movimento de aliviar a tensão do corpo e deu conta do que acontecia. Abriu, rápido, a porta do veículo para o freguês notívago. Neste instante, ambos ouviram, ali perto, um choro abafado, que os fez mover a cabeça, num gesto unânime de surpresa em direção ao coletor de lixo.
— Ué! — interveio o passageiro, desistindo de entrar no automóvel. — Ali há coisa!
O chofer saiu do carro, rodeou-o, curvando-se sobre o embrulho deixado pela mulher misteriosa no coletor de lixo. Livre dos panos que o oprimiam, o recém nascido entrou num choro convulso e interminável.
— Ora; mais essa? — exclamou o chofer, perplexo, erguendo o boné e coçando o cimo da cabeça. Caminhou para o outro veículo e bateu forte na porta, arrancando o colega do sono gostoso:
— Armando! ... Armando! Acorda, homem! Temos coisa por aqui!
— E quando o companheiro achegou-se, ainda esfregando os olhos e mal acordado, mostrou-lhe o bebê a berrar sobre o banco de cimento, e mofou, num tom chocarreiro:
— Olha aí teu filho, homem! Eu bem que desconfiava!
— O que?! — exclamou o outro, atarantado, enquanto o passageiro ria alto e considerava depois:
— É um ser humano, não é? Acho que devemos levá-lo à Polícia, para ela dar um jeito! — E num gesto familiar. —A não ser que um de vocês queira adotá-lo!
— Eu?! — fez o segundo chofer. — Mal dou conta das minhas cinco bocas em casa!
— Quanta a mim sou solteiro. Não tenho jeito para ama-seca! — desculpou-se o primeiro.
Na "Delegacia de Ordem Social", o suplente da noite tirou uma baforada de fumo do cigarro, e sem qualquer emotividade, considerou:
— Naturalmente isso é de alguma vagabunda. Elas enchem a barriga e chutam o filho para os outros criarem! Isso é muito comum. Essa teve algum remorso ou escrúpulo, pois se renegou o filho não o matou. E depois de uma pausa, coçando a cabeça, aventou uma solução:
— Não podemos obrigar uma sem-vergonha a criar os filhos. Quanto a isso nada posso fazer, nem abrir um inquérito ou qualquer punição. Talvez esse diabo aí esteja com fome. Não para de berrar. Olhe, vou dar a vocês uma recomendação para gente minha conhecida, e que já tem me "quebrado uns galhos" como este! — E apontando o enjeitado, indagou. —É menino ou menina?
— Menina! — redarguiu o chofer.
O suplente sentou-se, puxou da caneta e redigiu um rápido bilhete, entregando aos choferes:
— Levem isso à "Casa Madalena", dos espíritas, e digam à dona Lavínia para recolher essa enjeitada até amanhã. Mais tarde, eu passo por lá e darei uma solução definitiva. Contem como a acharam numa lata de lixo!

domingo, 16 de fevereiro de 2014

VERGONHA DE ASSUMIR-SE ESPÍRITA?


Por que será que muitos de nós têm vergonha de assumir-se espírita fora do nosso grupo religioso? Será preconceito?
Num domingo desses na parte da manhã, tocaram campainha em minha casa e olha só que curioso, após atender quem chamava ao portão, minha mãe voltou falando sozinha, reclamando e então minha curiosidade aguçou-se. Quis saber qual o motivo do evidente constrangimento e da chateação e ela me disse que eram os nossos irmãos evangélicos ao portão, perguntando se poderiam ler a Bíblia para ela.
Minha maior surpresa foi quando lhe perguntei se ela não havia agradecido a atenção e dito para os evangélicos que somos espíritas. Olhou-me com espanto e disse um sonoro NÃO, IMAGINE!!! 
Quis saber o motivo para tanto constrangimento, mas nem continuei porque ela irritou-se comigo e tentou disfarçar a vergonha de assumir-se espírita... Pareceu-me pela reação negativa de minha mãe terrena, que aquele grupo de religiosos, conhecidos como evangélicos (neopentecostais) eram melhores, superiores, os mais corretos em escolha religiosa e que assumir-se espírita para eles era algo vergonhoso, constrangedor e indigno...
Muitos de nós em algum momento da vida age assim, creio que porque somos nós mesmos os maiores preconceituosos.
Dizer-se umbandista então, nossa! As pessoas nos olham como se fôssemos os maiores e piores feiticeiros do universo! 
Semana passada, aproximou-se de mim uma jovem e do nada iniciou um diálogo, isso é comum aqui em Belo Horizonte, gostamos muito de uma prosa. Ela sem nunca ter me visto na vida, começou dizendo que estava saindo de uma depressão porque o ex-marido a havia traído... Escutei com atenção, mas mantive-me em silêncio todo o tempo, apenas lhe ouvia, quando de repente, ela me disse que uma vizinha lhe convidou para conhecer uma fraternidade. O curioso foi que a moça imediatamente justificou-se para mim, dizendo assim: _A minha vizinha me disse que caso aceitasse, iríamos numa “fraternidade branca”, nada dessas coisas de “macumba” (umbanda)... era coisa séria mesmo, uai!

Evangelho do Cristo.



sábado, 15 de fevereiro de 2014

Desfaz “isso” pra mim!?






Lúcia estava assentada confortavelmente numa cadeira, enquanto ouvia atenciosamente ao final da palestra elucidativa da noite naquela casa de Umbanda. Ela resolveu conhecer o povo que veste o branco e carrega no pescoço as guias coloridas (colares), porque na fraternidade que frequentou há mais de quinze anos, não conseguira lograr êxito em suas mais elevadas expectativas de mulher.
Casada há dezoito anos com Álvaro, sentia-se incapaz de lhe satisfazer os caprichos “mais simples”.
Álvaro era viúvo e quando se casou com Lúcia pela segunda vez, já era pai de duas lindas moças adultas. Queria realizar seu grande sonho, o de ser pai de um lindo varão.  Nossa personagem deveria com facilidade lhe realizar mais esse desejo, era moça nova... doze anos mais moça que o esposo, porém,  não engravidava.
Após anos de intensos tratamentos para fertilização, algumas crises de depressão e muitas idas ao psicólogo, caiu vencida pelo cansaço e pela tristeza.
Foi a muitos lugares em busca de respostas para seu drama, mas sem sucesso.
Ora, porque Deus lhe “castigaria” assim?  Era uma bela mulher, bem feita de corpo que mais parecia uma boneca de porcelana. Inteligentíssima e competente ela encantava a todos.
Boa esposa e cuidadosa com as coisas do lar, sabia administrar seu tempo e além do mais, era muito religiosa, adorava ajudar na campanha do quilo em sua comunidade... Lúcia tinha muitos amigos, mas se sentia só e por vezes se pegava fazendo as mesmas perguntas de anos, porque tudo aquilo lhe acontecia, já que era uma mulher  tão boa e só o que lhe faltava eram apenas as delícias da maternidade?
Todas as amigas já eram mães, as irmãs mais velhas também, eram férteis e seus filhos eram saudáveis e lindinhos... Mas Lúcia se sentia seca e incapaz de gerar uma vida! Chorava copiosamente, lastimando-se da má sorte, o que ela não sabia que não estava só no mundo, pois milhares de mulheres em todo o planeta enfrentavam as dores e os dissabores da infertilidade.
O esposo até que tentava consolá-la, mas contrariara-se muito com a fragilidade emocional de sua amada, além do mais, havia nele um evidente sinal de desapontamento com a jovem esposa, pois viu nela desde o princípio a possibilidade de ser pai novamente, mas queria um filho homem!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A UMBANDA RESOLVE?!




Era sexta-feira, a noite estava quente, as temperaturas estavam altas em todo país. Todos os ventiladores ligados e por incrível que pareça todos os lugares na assistência estavam ocupados.
Naquela casa umbandista que recebia seus irmãos de braços abertos, estava aberta a sessão de caridade e os pretos velhos amorosamente recebiam as reclamações dos consulentes desiludidos, devolvendo-as em forma de aconselhamento fraterno.
Aylton, nosso personagem principal, foi conduzido até uma cabine de atendimento, era mais um visitante novo na casa. Durante o atendimento fraterno lhe foram propostos alguns tratamentos espirituais (passes magnéticos, água fluída, assistir palestras).
Buscava a todo custo disciplinar os pensamentos conduzindo-os para melhores caminhos, pois vinham-lhe a todo instante pensamentos de fracasso, medo e insegurança, que o direcionavam para a fuga e desistência, oriundas do pessimismo.
A entidade espiritual através do seu médium lhe saudou amorosamente, auscultando lhe discretamente o coração e os pensamentos em desalinho...
Pai velho: _Boa noite, filho, que a paz de Jesus esteja entre nós! O que te sucede?
Aylton: _Estou com 27 anos de idade e passando por um tratamento médico para impotência sexual! Me sinto jovem e forte, pai velho, mas a minha potência acabou. Estou desesperado porque já não sei mais o que fazer, pois há seis meses estou assim... os médicos da Terra não conseguem resolver o meu “probleminha”, aí um amigo me falou para vir aqui que a umbanda resolveria o meu caso!
O médium, coitado, diante daquela declaração “a umbanda resolve o meu caso”, enrubesceu! Mas o amoroso guia espiritual, profundo conhecedor da alma humana ouviu com paciência e amor o que Aylton falava, esperava o momento certo para tocar-lhe fundo o coração sem envergonhá-lo mais.
O rapaz por sua vez, falava como um papagaio... chorava, suas pernas tremiam, ele esfregava as mãos uma na outra nervosamente e as enxugava no pano da calça de minuto a minuto. Por fim, calou-se esgotado lançando um olhar desesperado para o médium incorporado.
Pai velho: Filho, nós estamos aqui para lhe ajudar a se ajudar, não existe milagre sem esforço próprio, entende? Para lhe ser mais claro, não existem milagres! Para todo efeito houve uma causa e vice versa. Os problemas aparecem para despertar os filhos de fé para algo que eles não querem ver, servem para fazer a humanidade evoluir e crescer espiritualmente.
Suncê filho, abusou da energia sexual se é que deseja realmente compreender o que te ocorre agora. Pense um pouco e busque no passado que logo virão as lembranças dos excessos de toda ordem.
Os excessos são prejudiciais e sexo meu filho é bênção, é caminho para a evolução das almas e não o atalho! É meio de crescimento do espírito através da reencarnaçãos e não o da queda! Sexo é bom, mas não é tudo.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Por que a simplicidade não satisfaz?

Depois de alguns anos militando na umbanda, comecei a desenvolver um senso critico no diz respeito a minha religião.

Passei a observar as mudanças, as evoluções, os retrocessos, o comportamento, enfim tudo que se refere ao dia a dia da Umbanda.

Uma coisa tem me incomodado muito; a falta de simplicidade que tenho observado nos terreiros. Quando iniciei na Umbanda, pés no chão, uma roupa branca, algumas velas brancas no altar e o terreiro estava pronto para funcionar, as entidades sempre presentes, os consulentes atendidos, os médiuns felizes por estarem ali, enfim uma atmosfera propícia para pratica do bem.

Nosso aprendizado era dentro do terreiro, ouvindo o dirigente, as entidades, os mais experientes.
Muitos vão dizer que a evolução é importante e faz parte da vida, concordo, mas penso que deva ser uma evolução inteligente, coerente.

Infelizmente tenho visto muitos que inventam rituais, fundamentos, praticas, muitas beirando o absurdo, outros vão buscar em outras religiões, praticas que nada tem haver com a Umbanda, em nome de uma pretensa evolução.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

NÃO META A MÃO EM CUMBUCA DE PRETO VELHO!!!




Num terreiro de Umbanda que preza pela senioridade preservando e respeitando o tempo de trabalho e de iniciação de cada médium, o que não quer dizer pompas vaidosas e destaques na hierarquia normativa e aplicadora dos rituais, certas tarefas litúrgicas, como por exemplo a renovação dos elementos utilizados nas firmezas, tronqueiras e assentamentos vibratórios, são realizadas pelos mais antigos, médiuns preparados e de inteira confiança do chefe de terreiro. E só antiguidade não basta, sendo necessário a certeza que a tarefa está de acordo com o ELEDÁ – Coroa Mediúnica – que compõe o ORI – mente ou cabeça – do médium, para que o mesmo possa desempenha-la suportando adequadamente o entrechoque de energias em absoluta adequação aos seus CAMINHOS na mediunidade.
É de causar estupefação o que estão fazendo por aí, “consagrando”, “firmando” e “assentando” “orixás”, “exus” e outras coisas, tudo a distância, em cursos virtuais que vendem “iniciações”, sem a mínima exigência de quaisquer pré-requisitos, disponível a todos, seja no trabalho, residência ou outro local.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

PAIS E FILHOS




A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. Mas, a dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso. Do item 9, do Cap. XIV, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Trazida a reencarnação para os alicerces dos fenômenos sócio-domésticos, não é somente a relação de pais para filhos que assume caráter de importância, mas igualmente a que se verifica dos filhos para com os pais. Os filhos não pertencem aos pais; entretanto, de igual modo, os pais não pertencem aos filhos. Os genitores devem especial consideração aos que agridem os filhos e tentam escravizá-los, qual se lhes fossem objeto de propriedade exclusiva; todavia, encontramos, na mesma ordem de frequência, filhos que agridem os pais e buscam escravizá-los, como se os progenitores lhes constituíssem alimárias domésticas. A reencarnação traça rumos nítidos ao mútuo respeito que nos compete de uns para com os outros. Entre pais e filhos, há naturalmente uma fronteira de apreço recíproco, que não se pode ultrapassar, em nome do amor, sem que o egoísmo apareça, conturbando-lhes a existência. Justo que os pais não interfiram no futuro dos filhos, tanto quanto justo que os filhos não interfiram no passado dos pais. Os pais não conseguem penetrar, de imediato, a trama do destino que os princípios cármicos lhes reservam aos filhos, no porvir, e os filhos estão inabilitados a compreender, de pronto, o enredo das circunstâncias em que se mergulharam seus pais, no pretérito, a fim de que pudessem volver, do Plano Espiritual ao renascimento no Plano Físico. Unicamente no mundo das causas, após a desencarnação, ser-lhes-á possível o entendimento claro, acerca dos vínculos em que se imanizam. Invoque-se, à vista disso, o auxílio de religiosos, professores, filósofos e psicólogos, a fim de que a excessiva agressividade filial não atinja as raias da perversidade ou da delinquência para com os pais e nem a excessiva autoridade dos pais venha a violentar os filhos, em nome de extemporânea ou cruel desvinculação. Pais e filhos são, originariamente, consciências livres, livres filhos de Deus empenhados no mundo à obra de autoburilamento, resgate de débitos, reajuste, evolução. As leis da vida englobam-lhes a individualidade no mesmo alto gabarito de consideração. Nunca é lícito o desprezo dos pais para com os filhos e vice-versa. Não configuramos no assunto qualquer aspecto lírico na temática afetiva. Apresentamos, sumariamente, princípios básicos do Universo. A existência terrestre é muito importante no progresso e no aperfeiçoamento do Espírito; no entanto, ao mesmo tempo, é simples estágio da criatura eterna no educandário da experiência física, à maneira de estudante no internato.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

MEDIUNIDADE ATIVA E INICIAÇÃO NA CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA





Nem todos que frequentam uma comunidade de terreiro na Umbanda estão ali para fazer parte do grupo de médiuns trabalhadores. A Umbanda é frequentada por uma ampla diversidade de consciências, composta de diferentes indivíduos, com propósitos, ideais e objetivos diversos. O mais importante é o acolhimento fraternal; abraçar, valorizar, considerar, respeitar e tratar todos igualmente, incondicionalmente, sem discriminar a procedência, se é visitante, consulente, adepto, assistente, simpatizante. Contudo, há que se diferenciar que para ser um médium de Umbanda, aceito e iniciado numa corrente, numa egrégora, numa comunidade religiosa como trabalhador ativo, além de frequentar a assistência o tempo adequado para ser reconhecido pela Cúpula Espiritual do terreiro, se fazem necessários inúmeros atributos morais, intelectuais, procedimentais e vocacionais, além obviamente de mediunidade ativa, de fato, no caso de médiuns que serão trabalhadores no aconselhamento espiritual durante as sessões práticas de caridade. Infelizmente, hoje verificamos muitas “iniciações” fast food, verdadeiros placebos, sem efeito algum. Temos até iniciações à distância feitas de forma ON LINE em alguns cursos pela internet. A simples “iniciação” de um indivíduo, desprovido destes atributos básicos e essenciais, e ainda sem mediunidade, não o habilita como um “iniciado” legítimo e legitimado com direito ao pertencimento na Corrente Astral de Umbanda. Cabe ao sacerdote, dirigente, zelador, diretor de rito ou chefe de terreiro, escolher com muito critério aqueles que são realmente dignos de aceitação e posterior iniciação, preponderando os atributos básicos e essenciais além da mediunidade ativa direcionada para as lides de terreiro. Mediunidade ativa que é “impressa” no Corpo Astral antes da reencarnação do sujeito, o que obviamente nenhuma iniciação ativará se não for pré-existente esta sensibilização. Saravá fraterno, NORBERTO PEIXOTO.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Os desperdiçadores de energia vital.




O texto a seguir é um convite à reflexão, a intenção não é criticar nem apontar o dedo. Apenas um desabafo, algo que ficou gravado na minha mente e que por longo tempo acalentei, mas agora, com a ajuda indireta de um irmão em Cristo, decidi expor minha opinião a esse respeito.
Os desperdiçadores de energia vital podem ser espíritas, umbandistas, candomblecistas, ou seja, podem estar nas várias religiões existentes pelo mundo afora e podem ser adeptos de técnicas de energização como o reiki, por exemplo, como será o caso que vou contar aqui. E lembrando desde já, que não são as religiões as responsáveis pelas escorregadas morais de cada um de nós e sim, nós mesmos!
Embora o Reiki não seja uma religião e sim uma “técnica de energização”, que é conhecida como “energia vital universal”, os mestres na energia reiki, segundo foi informado não doam energia, são espécie de canal por onde ela passa.
Já com o passe magnético é o “médium passista” o que doa parte de seus fluídos vitais. Ele serve também como um canal para a espiritualidade do Alto agir em benefício dos encarnados sofredores.
Os bons espíritos aproveitam o magnetismo do próprio encarnado doador, suas energias vitais e as direciona (aplicam).
Para tanto sabemos que aquele que aplica o passe magnético precisa disciplinar-se, abster-se de comidas pesadas, como carne vermelha, bebidas alcoólicas, sexo desregrado, pensamentos impuros, inadequados e de baixo padrão, etc. Isto significa para o bom entendedor que precisamos melhorar a qualidade de nossos fluídos, de nosso magnetismo próprio. Se o doamos em caridade é necessário que estejamos aptos a doá-lo, pelo menos equilibrados emocionalmente, não é mesmo pessoal?
Então isso quer dizer que sendo reikianos ou passistas, precisamos estar saudáveis fisicamente e mentalmente e a pergunta é: como é que alguém pode em sã consciência doar energia ao outro para auxiliá-lo, estando este doente psiquicamente, fraco, deprimido, viciado, desgostoso da vida e enfermo (corpo físico)? Na minha opinião além da energia ser de má qualidade, ainda corremos o risco de passa-la para nosso semelhante, podendo até prejudica-lo.

A UMBANDA E OS RESÍDUOS DO RITO DE YEMANJÁ




O momento é de mudanças, transformações e reforma intima! Mudanças estas que devem começar nas mentes das pessoa "ditas" umbandista, considerando que muitas pessoas se utilizam erroneamente do nome da Umbanda, pois, "ser" umbandista significa estudar seus fundamentos, conhecer seus princípios, seguí-los e, sobretudo, amar esta linda religião!
Como vocês bem sabem, eu nasci na Umbanda e reverencío suas leis desde então.
Por isso, chegada à época dos Festejos da Sagrada Mãe da Umbanda, Yemanjá, em especial, quando ao término, sinto verdadeira vergonha destes tais "umbandistas" que transformam a praia em um verdadeiro lixão com suas infindáveis oferendas poluentes, maculando a imagem de nossa religião, que a todos, incluída a natureza, visa proteger.
Meu pai já dizia: "como explicar que focinho de porco não é tomada?".
Já tantas vezes tive que explicar "que aquela imensa sujeira em frente a praça onde as crianças brincam", que "aqueles dejetos em putrefação na esquina de uma amiga", que "aquele imenso lixão do dia seguinte dos ritos de Yemanjá", dentre outros tantos, não são coisas da Umbanda; não da verdadeira Umbanda.
Vivemos uma inversão de valores e sentidos religiosos. O verdadeiro umbandista ama a morada de seus pais, protege e luta pela sua preservação. Como nos dias de hoje é possível aceitar tanto descuido e desrespeito a 
o que nos é tão sagrado? Como mostrar às pessoas que cultuamos a Natureza, onde o que mais encontramos é o descaso? Sujar o mar é como sujar a porta de entrada da morada de nossos ancestrais, dá pra imaginar isso?