quinta-feira, 26 de setembro de 2013
terça-feira, 24 de setembro de 2013
QUAL O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL?
"Neste texto referimo-nos única
e exclusivamente aos irmãos adeptos do espiritualismo ou espiritismo, que
pregam a paz e incentivam as pessoas a educarem-se interiormente, mas não
abandonaram os vícios, próprios dos que ainda dormem preguiçosos."
A maioria dos que se dizem espiritualizados
passam longe do homem equilibrado, pois esquecem-se de que a transformação interior
deve ser total e verdadeira e livre dos equívocos e das máscaras.
O homem espiritualizado está consciente de sua passagem
rápida pelo cenário físico. Toma ciência de sua posição no universo e
transforma-se mesmo encarnado, em criatura livre. Significa que esta liberdade
está associada à forma de ver o mundo, ou seja, como irá lidar com as
inferioridades oferecidas no campo terrestre e as hostilidades tão próprias dos
mundos inferiores, a que estamos todos sujeitos.
Sua índole moral é como se fosse a “roupa de couro”
confeccionada para poder andar sobre o espinheiro, seria o mesmo que afirmar
que o homem de moral elevada não pode ser atingido pelas impurezas deste orbe,
em sua contextura espiritual.
Os encarnados que o digam, pois ligados ao mundo da matéria, têm
dificuldades justamente em envergar o fardo físico e de libertar-se dos vícios.
Em todos os aspectos poderemos encontrar dificuldades, mas ao que tudo indica,
estas dificuldades são mentais e não físicas, pois tudo acontece primeiro em
nossa mente. É ela que pode ser ou não influenciada tanto pelos aspectos
positivos quanto pelos negativos, a adesão a certas ideias só se dará pela
nossa simpatia em maior ou em menor grau.
O ser espiritualizado mesmo de posse momentânea do fardo físico,
afasta-se das inferioridades e dos costumes negativos, defendidos pela
sociedade terrena que ainda dorme. Ele em missão sacrificial abdica das coisas
mundanas e inferiores que em nada podem auxiliá-lo em sua caminhada evolutiva.
Torna-se um indivíduo equilibrado, mas para chegar a este resultado, trabalha e
transforma incessantemente sua índole.
Natureza da Mediunidade
Chama-se
mediunidade, o conjunto de faculdades que permitem ao ser humano comunicar-se
com o Mundo Invisível. O médium desfruta, por antecipação, dos meios de percepção
e de sensação que pertencem mais a vida do espírito que a do homem, por isso
tem o privilégio de servir de traço de união entre eles.
Temos
que ver nesse estado o resultado da lei de evolução e não um efeito regressivo,
uma tara, como creem certos fisiologistas, que comparam os médiuns a histéricos
e enfermos. Esse equívoco provém do fato de a grande sensibilidade e a impressionabilidade
de certos médiuns provocar em seu organismo físico, perturbações sensoriais e
nervosas; mas esses casos são exceções, que seria errado generalizar, porque a
maioria dos médiuns possui boa saúde e um perfeito equilíbrio mental. Toda extensão
das percepções da alma e uma preparação para uma vida mais ampla e mais
elevada, uma saída aberta a um horizonte mais vasto. Sob este ponto de vista,
as mediunidades, em conjunto, representam uma fase transitória entre a vida
terrestre e a vida livre do espaço.
O
primeiro fenômeno desse gênero, que chamou a atenção dos homens, foi o da visão.
Por ela se revelaram, desde a origem dos tempos, a existência do mundo do Além
e a intervenção, entre nós, das almas dos mortos. Estas manifestações, ao se
repetirem, deram nascimento ao culto dos espíritos, ponto de partida e base de
todas as religiões. Depois, as relações entre os habitantes da Terra e do Espaço
se estabeleceram das mais diversas e variadas formas, que se foram
desenvolvendo através dos tempos, sob diferentes nomes, mas todas partem de um único
principio. Por meio da mediunidade sempre existiu um laço entre ambos os
mundos, uma via traçada pela qual a alma humana recebia revelações,
gradualmente mais elevadas, acerca do bem e do dever, luzes cada vez mais vivas
sobre seus destinos imortais.
Os Médiuns
As
faculdades do perispírito, seus meios de percepção e de desprendimento, por
maior desenvolvimento que tenham em certas pessoas, não podem, entretanto,
exercer-se em sua plenitude durante o período da encarnação, isto é, durante a
vida terrestre. O perispírito acha-se então estreitamente ligado ao corpo. Prisioneiro
neste invólucro espesso e obscuro, não pode daí se afastar senão em certos
momentos e em condições particulares. Seus recursos ficam em estado latente,
porque somos impotentes para os pôr em ação. Daí a fraqueza de nossa memória,
que não pode remontar-se ao início de nossas vidas passadas. Restituída à vida
espiritual, a alma reassume completo poder sobre si mesma e o perispírito recobra
a plenitude de suas faculdades. Desde então, pode agir convenientemente sobre
os fluidos, impressionar os organismos e os cérebros humanos. Nisso é que consiste
o segredo das manifestações espíritas. Um magnetizador exerce poderosa ação
sobre o seu passivo ou sonâmbulo, provoca seu desprendimento, suspende sua vida
material. Assim também os Espíritos ou almas desencarnadas podem, pela vontade,
dirigir correntes magnéticas sobre os seres humanos, influenciar seus órgãos e,
por seu intermédio, comunicar-se com outros habitantes da Terra.
domingo, 22 de setembro de 2013
O AMOR
O amor é a suprema felicidade do
místico, é a alma acesa em todas as dimensões da vida, é a força concêntrica do
cosmo, é a luz de Deus que se expande em todas as latitudes da criação. A
escola do amor é infinita, como infinito é o poder do Pai Celestial. O amor
canta, na força eletrostática do átomo, e torna-se uma melodia universal, na
mecânica do cosmo. Ele é um conjunto de fios invisíveis que partem do Criador
ligando toda a criação. O amor é a vida.
O amor é Deus, o amor é a caridade, o amor é a paciência, a tolerância, o perdão, a amizade, o trabalho, a fraternidade. Descendo infinitamente para o mundo, o amor se manifesta-nos próprios instintos, impulso irresistível e misterioso que direciona os animais. E por lei da evolução, ele parte da simples afinidade entre pessoas e coisas e esplende como flor da mais rara beleza.
Nada resiste ao amor. Se porventura estais cansados e oprimidos, pensai no amor, começai com alegria a pensar nele, a vivê-lo na sua mais pura radiação, que notareis logo uma diferença no vosso estado psicológico: a mente mais ativa, o coração mais ritmado e os olhos mais vivos.. E, se esse exercício for cultivado de vez em quando, a alma se habitua, com as bênçãos de Deus, a sentir amor por tudo que existe, pois nada foi feito sem ele.
O amor é Deus, o amor é a caridade, o amor é a paciência, a tolerância, o perdão, a amizade, o trabalho, a fraternidade. Descendo infinitamente para o mundo, o amor se manifesta-nos próprios instintos, impulso irresistível e misterioso que direciona os animais. E por lei da evolução, ele parte da simples afinidade entre pessoas e coisas e esplende como flor da mais rara beleza.
Nada resiste ao amor. Se porventura estais cansados e oprimidos, pensai no amor, começai com alegria a pensar nele, a vivê-lo na sua mais pura radiação, que notareis logo uma diferença no vosso estado psicológico: a mente mais ativa, o coração mais ritmado e os olhos mais vivos.. E, se esse exercício for cultivado de vez em quando, a alma se habitua, com as bênçãos de Deus, a sentir amor por tudo que existe, pois nada foi feito sem ele.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Revivendo o passado
Era
madrugada, chovia fraco, uma chuva suave, mas contínua caía sobre aquele bairro.
A temperatura havia caído bruscamente, mas Sophie dormia quentinha, envolvida
em macias e perfumadas cobertas.
Nossa
personagem tem exatos vinte e três anos, somente estuda cursando o terceiro
período de medicina. É uma mulher inteligente e otimista, mas ainda tão
distante das questões espirituais...
De
manhã cedinho ao despertar, levantou-se e após os primeiros cuidados com o
corpo fez uma rápida alimentação para depois sair em disparada rumo à faculdade,
atrasou-se como sempre e por causa da correria tropeçou e caiu. Na queda Sophie
bateu a cabeça no chão ficando um pouco tonta, mas por sorte conseguiu apenas machucar-se
superficialmente. Foi acudida pelos universitários que transitavam pelo local e
após alguns minutos, sentada e consolada pelos circunstantes, refez-se do susto
observando que havia ganhado apenas algumas leves escoriações nas mãos e nos
joelhos e por isso resolveu sacudir a poeira e seguir em frente. Mais tarde em
sala de aula percebeu que não conseguia se concentrar na matéria, pois uma dor
de cabeça inesperada tirou-lhe toda a energia. Tentou em vão prestar atenção na
palestra do professor e até vencer aquela cefaleia que se intensificava mais,
através do poder positivo do pensamento e deu certo! A dor diminuiu de
intensidade, entretanto Sophie não conseguiu livrar-se dela nem depois de tomar
um analgésico que conseguiu na farmácia da faculdade.
O
dia não foi dos melhores, muita correria depois da faculdade, o trânsito estava
daquele jeitinho que os brasileiros “adoram”... ninguém saía do lugar, as
buzinas eram usadas nervosamente pelos motoristas e sem piedade! E “eita” que a
dor de cabeça da nossa personagem retorna com tudo e diante de todo aquele
estardalhaço.
Enfim,
Sophie chegou em casa e seguiu agitada para o seu quarto, jogou a bolsa com os
livros para um lado e caiu na cama, ali permaneceu de bruços por um tempo
segurando a cabeça, comprimindo-a com as mãos como se quisesse conter a dor,
lembrava que batera a cabeça no chão durante a queda -será que preciso de um médico? Pensava ela.
Não
havia ninguém em casa e ela já havia tomado três drágeas medicamentosas e nada!
Entretanto num misto de alucinação e dor, lembrou-se do seu anjo protetor e em
preces lhe pediu ajuda... Segundos depois viu seus pés pisando por sobre
cascalhos numa estrada de terra em direção a um enorme lago.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Num século de Espiritismo
Reunião pública de 4/1/60
Questão nº 1
Num
século inteiro de atividades, temos visto a Ciência procurando
apaixonadamente as realidades do Espirito.
Provas
indiscutíveis não lhe foram regateadas.
E
tantas foram elas que Richet conseguiu articular, com êxito, as bases clássicas
da Metapsíquica, usando recursos tão demonstrativos e convincentes quanto
aqueles empregados na exposição de qualquer problema de patologia ou botânica.
Sábios
distintos, entre os quais Wallace e Zollner, Crookes e Lombroso, Myers e Lodge,
mobilizando médiuns notáveis, efetuaram experiências de valor inconteste.
Entretanto,
se nos vinte lustros passados a mediunidade serviu para atender aos místeres
brilhantes da observação científica, projetando inquirições do homem para a
Esfera Espiritual,
e justo satisfaça agora as necessidades morais da Terra, carreando avisos da
Esfera Espiritual para o homem.
domingo, 15 de setembro de 2013
Os espíritos resolvem nossos problemas?
Muita
gente procura o centro espírita em busca de uma conversa direta com os guias
espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportunidade de conversar, chorar
suas mágoas e defender suas idéias de auto-piedade, os espíritos se mobilizarão
para auxiliá-los e destrinchar suas dificuldades com toda a urgência e
facilidade. Meu Deus, como muitos amigos(as) estão equivocados! Espírito nenhum
resolve problemas de ninguém. Esse definitivamente não é o objetivo nem o papel
dos espíritos, meu filho(a). Se porventura você está em busca de uma solução
simples e repentina para seus dramas e desafios, saiba que os espíritos
desconhecem quimera capaz de cumprir esse intento.
No
espiritismo, não se traz o amor de volta; ensina-se a amar mais e valorizar a
vida, os sentimentos e as emoções, sem pretender controlar os sentimentos
alheios ou transformar o outro em fantoche de nossas emoções desajustadas.
Os
espíritos não estão aí para “desmanchar trabalhos” ou feitiçarias; é dever de
cada um renovar os próprios pensamentos, procurar auxílio terapêutico para
educar as emoções e aprender a viver com maior qualidade.
Até
o momento, não encontramos uma varinha mágica ou uma lâmpada maravilhosa com um
gênio que possa satisfazer anseios e desejos, resolvendo as questões de meus
filhos(as). O máximo que podemos fazer é apontar certos caminhos e incentivar
meus filhos(as) a caminhar e desenvolver, seguindo a rota do amor.
Não
adianta falar com as entidades e os guias ou procurar o auxílio dos orixás,
como muitos acreditam, pois tanto a solução como a gênese de todos os problemas
está dentro de você, meu filho. Ao menos no espiritismo, a função dos espíritos
é maior do que satisfazer caprichos e necessidades imediatas daqueles que
concentram sua visão nas coisas do mundo. Não podemos perder nosso tempo com
lamentações intermináveis nem com pranto que não produza renovação. Nosso campo
de trabalho é a intimidade do ser humano, e a cientização de sua capacidade de
trabalhar e investir no lado bom de todas as coisas. Nada mais.
sábado, 14 de setembro de 2013
O QUEBRA OSSOS – 2ª Parte.
Quando
os companheiros do infeliz chegaram, ele agonizava nos últimos estertores, pois
dessa vez, além dos ossos partidos, haviam-se rompido as vísceras. Um filete sanguinolento
escorria-lhe dos lábios entreabertos e ouvia-se a dispneia da agonia. Joaquim, feitor,
chegou afobado e estacou, descrente do que via. Mas era tarde; Matias expirara
ali mesmo e os homens entreolhavam-se surpresos e intrigados pelo fado
implacável, cruel e vingativo, consumado no fatal acidente.
Oito
quebradeiras de ossos! Santo Deus! Assim nunca vi! Isso até parece praga de madrinha!
— desabafou Joaquim passando a mão na testa, vendo-se frustrado nos seus bons intentos.
Enquanto
mãos piedosas erguiam dali o corpo inerte de Matias, para conduzi-lo ao necrotério,
do outro lado da vida o seu espírito também era socorrido por almas
benfeitoras, amparando-o amorosamente. Um sono pesado entorpeceu-o e pelas
faces perispirituais espraiou-se uma expressão venturosa de paz e serenidade.
Momentos depois, os espíritos auxiliares afastaram-se, respeitosamente, ante
uma entidade venerável, de cabelos níveos e faces ternas nimbadas de luz, que
se curvou sobre o corpo perispiritual de Matias. Em seguida, fez um aceno de
despedida a todos e alçou-se, num voo angélico, conduzindo em suas mãos
fulgentes a carga preciosa em direção à alguma moradia feliz!
O QUEBRA OSSOS – 1ª Parte.
—
Paulo! Chame a ambulância! Ligeiro, homem! Matias está quebrado, lá embaixo!
Os
operários desciam dos andaimes, apressados, pela escada improvisada de madeira tosca;
os mais afoitos escorregavam pelas cordas. Sobre retalhos de sarrafos, ripas e
tábuas de pinho, jazia um homem de bruços, imóvel, gemendo, sem que alguém se
animasse de
tocá-lo, tais eram os gritos lancinantes que soltava ao tentarem socorrê-lo. Vinte
minutos depois se fez ouvir o uivo estridente da ambulância correndo amalucadamente
pelas ruas de S. Paulo, aproximando-se do "local do acidente. Chegou e partiu
dentro de alguns minutos levando a vítima, na qual o médico responsável pela tarefa
constatou várias e dolorosas fraturas ósseas.
—
Não sei o que há com esse homem!
— dizia "seu Joaquim", o feitor, quando prestava declarações no
inquérito formal da companhia seguradora. Essa é a sétima vez que Matias se
acidenta em nossa firma, durante onze anos de serviço. Até parece mandinga,
pois ele se quebra todos nos ossos. — E numa sugestão desconsolada, aduziu — Creio
ser tempo dele se aposentar!
Matias
não podia ser exonerado sem o consentimento do "Sindicato de Construções Civis",
porquanto era empregado estável, com mais de dez anos de trabalho na mesma
firma. Realmente,
em onze anos de trabalho acidentara-se sete vezes, caindo de andaimes, de
escadas e do caminhão que servia para o transporte de materiais. Então ele
ficava engessado algumas semanas, no hospital. Houve casos em que os médicos
ajustaram os ossos de modo deficiente, e o infeliz teve de ser quebrado outra
vez, para retornar à forma normal. Haviam-no apelidado de "quebra
ossos", e a quantidade de chapas radiográficas que ele possuía era
suficiente para comprovar uma das mais tristes histórias de sofrimento e azar!
Vinte
dias depois desse último acidente, Matias obtinha alta do hospital e se apresentava
novamente ao serviço. O capataz olhou-o, de fisionomia azeda e desconsolada.
-Homem
de Deus! Por que você não se aposenta duma vez? Que adianta trabalhar assim, se
vive mais no hospital, todo quebrado?
— Que
é que vou fazer, seu Joaquim? Tenho mulher e cinco filhos. O que o instituto
paga não dá nem "pro" sustento, quanto mais "pro" futuro? Encolheu
os ombros, desacorçoado:
— Pode
ser sina, não digo que não; mas se Deus quer assim, que vou fazer? Um dia isso
termina, nem que seja mesmo com a morte!
— Qual,
homem! — atalhou Joaquim, o capataz. — Desse jeito você ainda vira farinha de
ossos!
Joaquim,
apesar de enérgico e rústico, era dessas almas simples e laboriosas, malgrado enfrentar
os tipos mais ordinários em sua função espinhosa de feitor. Tirou o chapéu e
passou a mão pelos cabelos, numa arrumação pensativa; em seguida, decidido, deu
um leve empurrão em Matias, como a disfarçar a sua boa intenção:
— Vai,
homem! Você daqui por diante fica na guarita, apontando os empregados e
controlando os caminhões de carga. — Abrindo-se num sorriso satisfeito, arrematou,
sem maldade: — Acho que do chão você não passa!
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Doces encontros
Sofia
está muito feliz depois que conseguiu resolver de vez seus “problemas” de ordem
psíquica. Desde criança ouvia e via pessoas que estavam “mortas”. Para
seus familiares era uma “menina problema” e quando completou quinze anos de
idade, chegou a ser internada numa clínica psiquiátrica por uma semana.
Os pais
terrenos de Sofia, embora simpáticos ao espiritismo, não compreendiam a
mediunidade da moça com todas as suas “esquisitices” e como ela não se
interessava em seguir a doutrina “deles”, ficava quase sempre falando sozinha,
pois seus pais por ignorarem que se tratava apenas da necessidade da médium
desenvolver-se, abandonavam-na a própria sorte, temendo ser ela a porta voz de
espíritos zombeteiros. Ela
afirmava que via homens negros, envelhecidos em sua contextura “física”, que
usavam roupas brancas e fumavam cachimbo, dizia ver índios belíssimos, altos, fortes,
altivos e livres, também contava sobre as mulheres genuinamente femininas, mas
com uma força fantástica para ela ainda desconhecida. Convidavam-na
para fazer parte do grupo... Tentavaem vão explicar aos pais biológicos as
visões que tinha e o que ouvia das tais pessoas e ainda era interpretada de
forma equivocada pelos genitores. Um dia, já cansada de tomar medicamentos antidepressivos
e de ser vista por todos como a “louca”, decidiu que ninguém mais iria tomar decisões
por ela. Foi em busca de respostas e através de alguns livros que adquiriu numa
livraria espiritualista, passou a conhecer mais sobre os personagens que via e
ouvia através de sua sensibilidade mediúnica, desde sua infância. Foi aí que
caminhou com suas próprias pernas e encontrou um ambiente totalmente diferente
dos que costumava frequentar esporadicamente com seus
pais, foi parar num templo umbandista!
Obaluayê - Orixá regente de 2013 e seu poder Transformador
Desejamos fazer uma análise despretensiosa de acordo com
nosso modo próprio de interpretação. Jamais discordando do que já foi dito alhures,
pelos sérios e estudiosos irmãos umbandistas.
Esmiuçando um pouco mais os estudos
anteriores de outros autores, quisemos trazer para este blog uma interpretação
própria, como já dissemos e que tem como único intuito fazer pensar.
Obaluayê,
o orixá regente do ano de 2013, vibrará em
nós
no próximo ano, a necessidade da transformação interior e esta se dará pela
vivência do carma com mais intensidade. 2013 será para muitos o ano decisivo,
difícil, pois proporcionará a nós transformações internas (espírito) e atuará
também nas transformações da natureza. Serão mudanças que poderão mexer com
nossas estruturas, convidando-nos a abalar e expulsar de nós o homem
velho e deixando nascer o homem novo.
Estas
mudanças nos conduzirão à necessidade de construirmos um novo “chão”, isto é, a
busca pelo equilíbrio, pela segurança, pela sensatez e pela calma.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
DIVÓRCIO
O divórcio é lei humana que tem por
objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à
lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável
nos casos em que não se levou em conta a lei divina.
Do item 5, do Cap. XXII, de "O
Evangelho Segundo o Espiritismo". Partindo do princípio de que não existem
uniões conjugais ao acaso, o divórcio, a rigor, não deve ser facilitado entre
as criaturas. É aí, nos laços matrimoniais definidos nas leis do mundo, que se
operam burilamentos e reconciliações endereçados à precisa sublimação da alma.
O casamento será sempre um
instituto benemérito, acolhendo, no limiar, em flores de alegria e esperança.
aqueles que a vida aguarda para o trabalho do seu próprio aperfeiçoamento e perpetuação. Com
ele, o progresso ganha novos horizontes e a lei do renascimento atinge os fins
para os quais se encaminha. Ocorre, entretanto, que a Sabedoria Divina jamais institui
princípios de violência, e o Espírito, conquanto em muitas situações agrave os
próprios débitos, dispõe da faculdade de interromper, recusar, modificar,
discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho dos compromissos que abraça.
Em muitos lances da experiência, é a própria individualidade, na vida do Espírito,
antes da reencarnação, que assinala a si mesma o casamento difícil que faceará na
estância física, chamando a si o parceiro ou a parceira de existências
pretéritas para os ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros
perpetrados em outras épocas. Reconduzida, porém, à ribalta terrestre e
assumida a união esponsalícia que atraiu a si mesma, ei-la desencorajada à face
dos empeços que se lhe desdobram à frente. Por vezes, o companheiro ou a
companheira voltam ao exercício da crueldade de outro tempo, seja através de
menosprezo, desrespeito, violência ou deslealdade, e o cônjuge prejudicado nem
sempre encontra recursos em si para se sobrepor aos processos de dilapidação
moral de que é vítima.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Arreda homem que chegou mulher!
Fátima
era médium de uma casa umbandista, servia lá desde muito tempo. Era a menina
dos olhos dos irmãos medianeiros, a mais carismática e alegre, mas a verdade
era que naqueles tempos, a moça não estava se gostando muito, vivia calada e
entristecida.
No
lar enfrentava um turbilhão de problemas, era o filho adolescente que não
queria obedecer, o marido cheio de dificuldades no trabalho, a casa precisando de
uma reforma e para variar, ela havia ficado desempregada... Mas poderia ficar
pior! As suas vizinhas insinuavam-se para seu esposo... E ele gostava.
Namoro
ela nem mais sabia o que era, na verdade retraiu-se demais e negou a si e ao
próprio companheiro e o direito de curtirem-se como um casal, aí já viram né?
Quando
o moço demonstrava que estava carente de seus beijos, ela se esquivava dizendo
que estava cansada e para piorar ela não o deixava ver o seu corpo por causa da
vergonha que sentia e isto sempre era o motivo dos desentendimentos entre eles.
Ele foi aos poucos distanciando-se dela e quando Fátima reclamava ele a
culpava.
Nossa
irmã realmente tinha certa responsabilidade, os problemas do cotidiano deixaram
aquela doce mulher, desanimada. Acabou permitindo que a vida agitada e difícil
minasse suas vontades e aí, descuidou-se de si mesma em demasia.
domingo, 8 de setembro de 2013
AGRADOS PARA AMANDINHA – ANALISANDO O EGO
Amanda é uma moça “normal”, considerada ainda jovem
pela maioria, gosta de fazer passeios ao ar livre, é elegante, tem bom gosto e
apesar de ter uma forte inclinação para a música clássica, aprecia outros
tipos de música desde que elas lhe causem alguma emoção.
É reencarnacionista e adepta do espiritismo, mas até
hoje não “se encontrou”, frequenta as casas espiritualistas, mas prefere não se
comprometer - assim dá menos trabalho, pensa ela.
Na verdade ela é muito boa em observar pessoas e
identificar nelas defeitos. Discretamente vai desvendando a personalidade dos
outros, identificando falhas aqui e ali, faz espécie de análise sobre as
pessoas... Descobriu-se ótima nisso!
Depois de ter lido muitos livros espíritas, entre
eles os romances, buscou novos rumos conhecendo e se apaixonando pela umbanda.
É aquela atmosfera lúdica que os templos passam para os leigos e
desinteressados, mas que de lúdico não tem nada!
Chegava em casa sempre contando uma novidade sobre a
tal casa que frequentava, sempre fazendo observações sobre as falhas do
palestrante ou de algum trabalhador humilde da casa. Enquanto contava o que
havia presenciado no templo, servia o café da manhã. Havia feito um doce novo
desses de compota... Ficou esperando os familiares dizerem algo... se havia
ficado gostoso, doce demais ou amargo, mas ninguém falou nada nem ao menos um
“elogiozinho” bobo, desses que a gente escuta e fica satisfeito...
Todos levantaram da mesa e despediram-se dela com um
tchau seco e um sorriso dissimulado. Quando isso acontecia Amandinha ficava
para morrer, mas fingia estar tudo bem.
sábado, 7 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Ué... Cadê o fim do mundo? Não teve?
Fred,
depois de ter gastado cerca de vinte e seis mil reais com a reforma de um porão
que foi transformado em esconderijo subterrâneo, ao termina-lo, no mês de
dezembro preparou-se para o dia 21/12/2012, mas ficou frustrado.
Em
Janeiro de 2012, vendeu o carro com emplacamento do ano e a moto do filho mais
velho. Pediu demissão do trabalho, pois precisava dedicar-se nos últimos meses exclusivamente
aos preparativos para o fim do mundo.
Pintou
o porão, equipou-o com televisão, computador, uma mini farmácia, estocou
alimentos para três meses e comprou roupas especiais para o caso de frio intenso
(nevasca)...
Estressou
a mulher ao ponto dela entrar em depressão. Para falar a verdade ele “colocou
pilha” mesmo, com força! A pobrezinha acabou concordando com as loucuras dele
para não ficar mal com o marido... E os filhos? Três! Dois em fase adolescente
e um já adulto, nossa! Que mico! A gurizada não tinha outra alternativa a não
ser divertirem-se muito com tudo aquilo (com as trapalhadas do pai), mas as
escondidas,
pois Fred ficava irritado com piadinhas.
No
dia vinte de dezembro de 2012, às quatro da madrugada, o moço acordou e obrigou
os familiares a descerem para o compartimento (ex- porão) para esperar o mundo
acabar. Não deixou que nenhum deles reclamasse ou o desobedecesse, até o filho
mais velho (maior de vinte e um anos) foi obrigado a descer, filho é filho!
Cabelos
desarrumados, olhos esbugalhados, pijamas amarrotados, cobertores nos ombros,
pés descalços e reclamações entre a família de Frederico, mas todos desceram.
Para
piorar a situação do incauto, na cidade onde morava o tempo fechou, estava
muito quente e no fim da tarde uma tempestade de verão tomou conta de tudo, de
uma janela basculante que ficava no alto da parede, ele observava a tudo, de-ses-pe-ra-do!
A coisa foi tão feia que até os familiares por um minutinho
apenas, chegaram a cogitar a possibilidade de, naquele momento, o mundo estar
se acabando (influenciados). Mas não disseram que se acabaria em fogo?
Perguntava o filho do meio, do casal.
Raios
e trovões faziam sua participação especial, assombrando mais ainda aquele
homem. De repente, da janela basculante começou a escorrer filetes de água,
para quê? Fred ficou alucinado, gritava para a esposa enquanto segurava a
cabeça com as mãos: “é o fim de tudo mulher, salve-se quem puder!!! Meu Deus!!!
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
O HOMEM DE BEM
3. O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei
de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará
se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou
voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele;
enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua
sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à
vontade em todas as coisas.
Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima
dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as
decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o
bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa
do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no
fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que
prodigaliza aos aflitos.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
AUTOPERDÃO
Toda vez em que a culpa não emerge de maneira consciente, são liberados
conflitos que a mascaram, levando a inquietações e sofrimentos sem aparente
causa.
Todas as criaturas cometem erros de maior ou menor gravidade, alguns dos
quais são arquivados no inconsciente, antes mesmo de passarem por uma análise
de profundidade em tomo dos males produzidos, seja de referência à própria
pessoa ou a outrem.
Cedo ou tarde, ressumam de maneira inquietadora, produzindo mal-estar,
inquietação, insatisfação pessoal, em caminho de transtorno de conduta.
A culpa é sempre responsável por vários processos neuróticos, que deve
ser enfrentada com serenidade e altivez.
Ninguém se pode considerar irretocável enquanto no processo da evolução.
Mesmo aquele que segue retamente o caminho do bem está sujeito a
alternância de conduta, tendo em vista os desafios que se apresentam e o estado
emocional do momento.
Há períodos em que o bem-estar a tudo enfrenta com alegria e
naturalidade, enquanto que, noutras ocasiões, os mesmos incidentes produzem
distúrbios e reações imprevisíveis.
Todos podem errar, e isso acontece amiúde, tendo o dever de perdoar-se,
não permanecendo no equívoco, ao tempo em que se esforcem para reparar o mal
que fizeram.
Muitos males são ao próprio indivíduo feitos, produzindo remorso,
vergonha, ressentimento, sem que haja coragem para revivê-los e liberar-se dos
seus efeitos danosos.
Uma reflexão em tomo da humanidade de que cada qual é possuidor,
permitir-lhe-á entender que existem razões que o levam a reagir, quando deveria
agir, a revidar, quando seria melhor desculpar, a fazer o mal, quando lhe
cumpriria fazer o bem...
A terapia moral pelo autoperdão impõe-se como indispensável para a
recuperação do equilíbrio emocional e o respeito por si mesmo.
A Umbanda que amo...
Embora o Candomblé seja uma religião respeitável,
como todas as religiões, a Umbanda é Umbanda, não é Candomblé. Infelizmente,
nessa necessidade de fantasias, muitos dirigentes, que se dizem umbandistas,
praticam rituais e atos que são do Candomblé. Acham que “ficam mais fortes”....
Quando se vai acordar para a realidade de que a força é interior e não do
exterior, a força é de Deus e não de aparatos externos, a força vem do
esclarecimento e não da teatralização?
Ao instituir, em 15 de novembro de 1908, e
implantar no Plano físico a religião de Umbanda, o Caboclo das Sete
Encruzilhadas deixou claro que estava fundando “uma nova religião cuja base é o
Evangelho e o Mentor Maior, o Cristo”. Estamos, portanto, diante da função
essencial da verdadeira Umbanda: Evangelizar. Isto significa apontar Jesus como
“Caminho, Verdade e Vida” e conduzir os seus adeptos à reforma íntima, mudança
de valores, pela extinção da ignorância, da superstição e da crendice, fatores
de aprisionamento e estagnação no processo evolutivo.
Ser religião é ser instrumento da misericórdia
divina para processar a religação do homem com Deus, da criatura com seu
Criador. Esta religação se faz pelos caminhos do Evangelho Redentor, cujo âmago
de vivência com Jesus, é a vivência verdadeira do Amor. Por isto o mesmo
Caboclo definia a Umbanda como “a manifestação do espírito para a caridade
(amor)”.
A partir daí o Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas
especificou os 05 fundamentos que norteiam a vivência da religião umbandista em
seus Templos, Choupanas, Tendas e Terreiros, ou seja, a de “não matar, não
cobrar, vestir o branco, evangelizar e utilizar as energias da natureza para o
bem”. Não importa o quanto seja respeitável, compreensível e útil os
agrupamentos que se digam religiosos que pululam ao nosso redor, mas, baseado
no seu fundador, se extrapola a clareza e pureza destes 05 fundamentos, não
pode ser considerado Umbanda e, portanto, eu o digo, não se trata da religião
que pratico, embora os respeite.
Na Umbanda tem Iniciações mediúnicas, não boris ou
deitadas. E essas Iniciações não são festas de vaidade e exteriorizações, mas
chamada ao iniciado para a canalização com os valores energéticos espirituais.
São momentos ritualísticos internos, sem festas externas e nem “saídas”, apenas
apresentação do médium iniciado no ritual do Templo.
No Templo Espiritualista do Cruzeiro da Luz, como
exemplo, só permanece quem busca uma religião interior, uma Umbanda simples,
uma Casa doutrinária que pratica o que o Caboclo Ventania de Aruanda chama de
Umbanda Espírita Cristã.
É Umbanda por que segue a ritualística simples,
bela e a doutrina essencial da Umbanda. É Espírita porque essa doutrina simples
da Umbanda, para o Cruzeiro da Luz, é explicada e tem como base a doutrina dos
Espíritos codificada por Allan Kardec, como instrumento para enxugar tudo
aquilo que for fantasioso e desprovido de valor científico e racional. É cristã
porque sabemos que Jesus, nosso Divino Oxalá, é o “Caminho, a Verdade e a
Vida”(Jo. 14:6) e que “ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo. 14:6)), pois Ele
é o Cristo Cósmico, o Tutor responsável pelo Planeta Terra, o sorriso de Deus
para a humanidade. O Evangelho do Cristo é a fonte básica de todo nosso
aprimoramento e reforma íntima.
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